Professora da disciplina

Professora Bethania Medeiros Geremias

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"A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes". Einstein

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." Paulo Freire

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ser professor segundo Rubem Alves

Achei o vídeo do Rubem Alves muito enriquecedor para as nossas discussões/reflexões realizadas, não só na disciplina de didática, mas também em todas as outras matérias.
Concordando com as afirmações deste escritor, gostei da parte que ele fala que o professor, no processo de ensino-aprendizagem, deve ser um sedutor, ou seja, aquele que abre o "apetite" do educando despertando nele o desejo de aprender. Sem essa mediação não haverá aprendizagem singificativa.
Rubem Alves também coloca que o professor deve ter uma visão de esperança em relação ao educando. Concordo plenamente com o seu ponto de vista. Afinal, como poderemos ensinar sem acreditar naquilo que estamos fazendo? O professor não deve ter uma visão conformista sobre os aspectos da realidade, mas sim deve lutar para mudar o que está posto.
Quando ele afirma que "a grande questão da educação não está no sistema escolar, mas está na alma do professor", penso que não é somente isto, pois envolve questões muito mais amplas. Envolve toda uma sociedade, seus sistemas de exclusão e de desigualdades e também a questão da (des)valorização do trabalho do professor.
Diante desses e dos demais pontos destacados por Rubem Alves é possível repensar o nosso processo de construção da indetidade profissional e, assim, atuar de forma mais significativa no processo de ensino-aprendizagem.

3 comentários:

  1. Destaquei o seguinte trecho para chamar a atenção ao que Rubem Alves pronuncia como verdade:
    “A grande obrigação do professor não é para com o diretor, nem para com o ministério, nem para a secretaria, nem para com ninguém, nem com programa. O professor [...], o verdadeiro professor é aquele que só leva a sério, só leva a sério as coisas que tem a ver com os alunos, inclusive a si mesmo. [...] por isso eu não faço projetos de reforma de escola sabe, eu não tenho isso, me criticam, dizem –“ah o senhor não apresenta alternativa” –, não apresento, porque eu acho que a grande questão da educação não está no sistema escolar, está na aula do professor. Se a gente não mudar a cabeça e o coração dos professores, nada acontece”. (Trecho da entrevista de Rubem Alves)

    A partir dessa exposição Rubem Alves analisa o professor e o processo de ensino aprendizagem isolados da sociedade, do contexto no qual os alunos estão inseridos, da luta política, desconsiderando os aspectos ideológicos implícitos e explícitos nas opções de governo, no Projeto Político Pedagógico de cada escola, nas determinações emanadas pelos ministérios e secretarias e impondo ao professor o papel de único ser responsável pela melhora da educação. Suas palavras indicam que o professor e os saberes pedagógicos que guiam suas aulas, seus métodos e técnicas, determinam todo o processo de ensino aprendizagem e seus resultados, sem que outros fatores interfiram de algum modo nessa dinâmica. Enfim, parece que o autor simplifica o processo de ensino aprendizagem como uma operação matemática de adição, em que se temos um professor que incentive e instigue seus alunos a conhecer, estes se tornarão interessados, com fome de saber, e o resultado final será o constante aumento da qualidade da educação.

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  2. Bruna,

    gostei bastante das tuas considerações sobre o vídeo e concordo com todos os aspectos que você destacou.
    Achei que ele (Rubem Alves) foi muito radical quando afirmou que "a grande questão da educação não está no sistema escolar, mas está na alma do professor", ou seja, o verdadeiro professor é aquele que só leva a sério as coisas que tem a ver com os alunos, inclusive a si mesmo.
    Claro que não podemos desconsiderar a importância de uma boa e comprometida atuação profissional, mas acredito que não é somente isto, pois envolve questões muito mais complexas. Envolve toda uma sociedade, seus sistemas de exclusão e de segmentação social.
    Desta forma, não podemos culpabilizar o professor, a educação, o processo de ensino-aprendizagem, a escola ou a sociedade sem analisar o contexto sócio-histórico-cultural no qual todos nós estamos inseridos.

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  3. A Bruna faz uma crítica muito pertinente e traz muitos elementos para a discussão. E possível pensar a sala de aula isolada dessa rede socio-técnica e política (sistema escolar/educacional) da qual ela faz parte?

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