Professora da disciplina

Professora Bethania Medeiros Geremias

Participe das discussões, comente, reflita, avalie, se auto-avalie, critique, opine, sugira... Este blog é nosso! Um espaço de ensino-aprendizagem coletivo. Estamos todos aprendendo e ensinando sempre, não esqueça disso!
"A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes". Einstein

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." Paulo Freire

terça-feira, 29 de março de 2011

Aula 01/04 e 05/04

Relembrando...

1. Entrega da resenha crítica do livro "Pedagogia da autonomia" em que se deverá articular com as leituras realizadas na unidade I. Quem já fez a resenha deste livro pode usar esta resenha para fazer as relações com as leituras realizadas. Não sendo necessário ler todo o livro novamente. Lembrando que a resenha crítica deve ter duas páginas. Coloquei uma postagem no tópico "Para saber mais" que aborda a metodologia para trabalhos acadêmicos: resenhas, fichamentos e seminário.
2. Discussão sobre o cronograma da Unidade II - Encaminhamentos e divisão dos grupos.

3. Síntese da unidade I: Cada aluno deverá construir suas próprias categorias sobre os saberes docentes que considera imprescindíveis no contexto atual. Discussão e argumentação sobre as categorias elaboradas.

As síntese devem ser entregues até dia 15/04.  NÃO ESQUEÇAM!

JÁ FORAM DISTRIBUIDOS OS GRUPOS PARA O TRABALHO DE PESQUISA E SEMINÁRIO. INFORME-SE COM SEUS COLEGAS. TENHO A LISTA TAMBÉM SE TIVEREM DÚVIDA.
PRECISO DOS NOMES DAS DUPLAS QUE VÃO ELABORAR OS PLANOS DE ENSINO E DE AULA. (CONFORME CRONOGRAMA DA UNIDADE DOIS POSTADO NESTE BLOG)

 Obs.: Iremos retomar a discussão sobre a palestra sobre avaliação no dia 05/04 (ver aula programada para este dia e trazer suas anotações pessoais da palestra).
Deixei dois textos no xerox (entrevistas com o professor Celso Vasconcellos sobre Planejamento e Avaliação)


Estou deixando o link para o texto da apresentação do Professor João Henrique, para quem quiser ler.

domingo, 27 de março de 2011

A língua das Mariposas

Um filme do diretor José Luis Cuerda, produzido na Espanha em 1999, seus principais protagonista são Moncho ( Manuel Lozano) e Don Gregório ( Fernando F. Gómez).
O filme conta a história de um pequeno garoto ( Moncho) que começa ir para escola, porém tem uma visão de escola totalmente terrível, mas para sua surpresa, a escola é uma espaço acolhedor, pois o educador (Don Gregório) é um pessoa calma, tranquila e compreensível.
A cada dia o menino apaixona-se pela escola e seu professor, aulas e informações trazidas pelo educador contagia sua vida. Porém até começar a guerra civil Espanhola, quando pessoas são presas por não seguir a ideologia do país, Don Gregório coloca-se sua posição política e defende sua ideia, com isso é preso pelo Estado.
Com essa cena o menino envolvido pela situação coloca-se contra essas pessoas ditas republicanas e os laços de amizade são quebrados e a situação de sobrevivência fala mais alto para todos.
Na minha compreensão o diretor quis deixar um recado, até que ponto a violência, a guerra e preconceito levam uma pessoa a mudar de ideia ou opinião em questão de segundos. Por que nós seres humanos quando nos sentimos amedrontados, expressamos os sentimentos e emoções, somente depois pensamos nas causa e consequência que deixamos.
Estamos envolvidas por emoções, sensações e sentimentos quase todo tempo. Assim “Para uns, as emoções são reações biológicas, próprias da nossa natureza animal. São mecanismos de sobrevivência, mesmo que tenham também funções sociais. Elas existem nos seres humanos pelas mesmas razões que existem em muito outros animais. Para outros são simplesmente estados mentais provocados pelo sistema nervoso em resultado de determinados de estímulos. Outros autores preferem afirmar que as emoções são formas de pensamento. Outras correntes sugerem que elas são formas de consciência do mundo, isto é, janelas através das quais apreendemos a realidade e a transformamos”¹.
Assim fica a dúvida, por que Moncho, por alguns minutos esquece tudo aquilo que vivenciou com seu professor, talvez pela situação daquela época e por ser ainda uma criança, deixa ser levado pelas emoções próprias e influência do meio. Não consigo olhar o ser humano unicamente um indivíduo isolado, sem o biológico, histórico, cultural, político, psicológico, econômico enfim um ser como um todo que é influenciado e influenciador a todo tempo.
“As emoções são todos aqueles sentimentos que mudam as pessoas de forma a afetar os seus julgamentos” Aristóteles (384-322 a.C.).



¹- http://desenvolvimentopessoal.blogspot.com

Uma concepção de tantos... Educadores

Ser um educador requer um esforço, pelo fato de ser acusado de uma educação precária em nosso país. Para enfrentar os obstáculos, e para chegar a um patamar de realizações consigo mesmo e com seus alunos, o educador deve estar sempre em busca de um conhecimento reflexivo e em processo de auto- avaliação.
“Duas garotinhas de dez anos de idade conversam sobre o que querem ser na vida. A primeira orgulhosa, nem pensa duas vezes ‘ quero ser medica!. A segunda diz: eu quero ser professora. ‘Professora’? . Só isso ?, retrucou a menina, com uma certa arrogância. A amiga nem se abalou, e você acha que vai se tornar medica como?. Tendo aulas com um monte de professores, oras!”(www.senpro=abc.org.br).
A questão de “bom ou mal” professor não se faz clara em minha concepção, pois a instituição que estudei era bem precária, tanto de estrutura física como de qualidade de ensino. Ainda assim, acho que meus educadores tentaram se comprometer ao máximo com a qualidade de ensino, e eu como aluno tentei maximizar o melhor e minimizar o pior, de tudo que aprendi.
“A aprendizagem é a nossa própria vida, desde a juventude até a velhice, de fato quase até a morte; ninguém passa dez horas sem nada aprender”. Paracelso

sexta-feira, 25 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Valores e papel da Educação

Uma crítica criativa

Uma das melhores críticas  sobre a criação nos tempos atuais 
Quino, autor da Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito
a valores e educação, deixou impresso no cartum o seu sentimento.
Vocês conseguem imaginar situações didáticas para trabalhar valores em sala de aula que possam se contrapor àqueles expressos nos quadrinhos abaixo?










terça-feira, 22 de março de 2011

Filme: A língua das mariposas

Aos sete anos, Moncho está conhecendo a escola pela primeira vez. Seus temores foram muitos antes desta descoberta, pois diziam-lhe que teria um professor autoritário e mau, que o trataria de maneira severa.

Ao conhecer Don Gregório, um velho professor quase em idade de se aposentar, o garoto descobre o prazer da aprendizagem e vivencia uma relação de amizade com seu mestre.

O filme retrata as várias descobertas de Moncho, em uma época que antecede a Guerra Civil Espanhola, daí há toda uma visão social e política inserida nas aprendizagens do pequeno aluno.

Importante salientar a maneira com que o papel do professor é desenhado no filme, como um educador que busca ensinar de maneira leve, simples, mas que ao mesmo tempo conquista o respeito de seus alunos sem o uso de métodos violentos e inquestionáveis; como grande parte dos educadores da época.

As ideias de Don Gregório e sua posição republicana em meio a um poder dominante religioso e contrário, o transformam em vítima de uma época em que a liberdade de expressão era negada. Moncho, mesmo não entendo os acontecimentos passados, compreende que seu professor é uma boa pessoa, e que não mais será o mesmo depois de tê-lo conhecido.

Excelente filme, com muitos focos a serem trabalhados. Nos mostra as dificuldades da criança em adaptar-se ao mundo escolar; a relação entre professor-aluno (no filme é uma amizade sólida); as maneiras de introdução da criança ao processo de aprendizagem e traz uma mensagem a todos os educadores: ensinar com amor.

Portal Curtas Petrobras

Para quem tem interesse em trabalhar com filmes na educação, divulgo o Portal Curtas Petrobras que traz uma série de curtas/documentários gratuitos. Assisti Pagu e a Invenção da Infância.


segunda-feira, 21 de março de 2011

Análise do filme A Língua das Mariposas (1999), assistido em sala no dia 18/03/2011


O drama A Língua das Mariposas (1999), dirigido por José Luis Cuerda tem como roteristas Rafael Ascona, Manuel Rivas e José Luis Cuerda. Em 96 min. são traçadas profundas discussões sobre didática, política, relações familiares, religião e as crenças políticas e teológicas.

O filme se inicia a partir de uma situação comum à grande parte da população, o primeiro dia de aula. A experiência do personagem Moncho (Manuel Lozano) evidencia as questões da apreensão, do imaginário infantil e das concepções prévias que a criança constrói a cerca do processo de ensino-aprendizagem e da relação professor-aluno antes de ir a primeira vez à instituição escolar. De certa forma, podemos dizer que algumas das concepções que Moncho tinha sobre a escola que iria frequentar condiziam com a realidade educacional geral da época, sendo Don Gregorio (Fernando Férnan-Gomes) uma exceção a regra, uma esperança para os estudantes. Enfim, o que encontram é um professor libertador, que contradiz a maioria das concepções anteriores dos estudantes em torno da escola e da docência.
Distanciando-se das práticas autoritárias, que defendem a submissão e a passividade do aluno, da aplicação de tarefas árduas e monótonas, Don Gregorio tenta ultrapassar as tendências da pedagogia tradicional, segundo a qual o papel da escola é difundir a instrução e transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade e o professor é elemento decisivo e decisório desse processo. A pedagogia Don Gregorio segue a tendência libertária, visando à construção do conhecimento por parte do aluno, que tem um papel central e determinante no ensino-aprendizagem. O professor sustenta um fascínio pelo ato de ensinar e pelo pequeno progresso de cada aluno, propicia a autonomia dos educandos, uma relação de liberdade e respeito mútuo entre professor e aluno e a autoridade sem o autoritarismo, a imposição.
Don Gregorio passa segurança e estima aos alunos, fazendo-os se sentirem acolhidos no ambiente escolar e sensíveis a seus ensinamentos. Como alternativas de construção de experiências e conhecimentos significativos e diferentes, ele propõe atividades extra-sala, que estimulam os alunos a conhecerem o que está a sua volta, o que antes passará desapercebido.
Ultrapassando as paredes da sala de aula e os muros da escola, o filme aborda questões relacionadas ao contexto sócio-político espanhol na década de 30, que envolve o conflito entre republicanos e monarquistas.
Nesse sentido, Don Gregorio tenta estabelecer uma relação entre educação e sociedade, contribuindo para a formação crítica de seus alunos num sentido libertário, em que o indivíduo se desenvolva através do coletivo. Considerando que os conteúdos devem partir das necessidades e exigências da vida social, o professor direciona o ensino na sala de aula adequando-o aos interesses dos alunos. Dessa maneira são possibilitadas aprendizagens significativas para os atores da ação pedagógica.
Partindo do contexto em que seus alunos vivem, o Don Gregorio busca estabelecer uma relação de cooperação com a família dos educandos, se colocando numa postura humilde, de escuta do outro.
Enfim, o filme analisa profundamente as relações professor-aluno, propondo uma educação libertária, como também o contexto político da época, tendo como pano de fundo de todo enredo os conflitos entre republicanos e monarquistas e a Guerra Civil Espanhola.

sábado, 19 de março de 2011

A didática de Gregório na guerra civil espanhola

O filme “A língua das Mariposas” (1999) pode ser uma excelente ferramenta para se trabalhar algumas passagens da história e da educação. O drama se passa no norte da Espanha, da década de 30, período da guerra civil espanhola (1936-1939). O menino Moncho, em princípio teme ir à escola por pensar que será castigado, tal qual aconteceu com seu pai. Para surpresa do garoto, ele conhece o professor Gregório que tem uma didática bem diferente do que ele imaginava.
O professor tinha estratégias de despertar curiosidade nos alunos, além de fazer uma conexão do ser humano com o mundo em que vive. Isso pode ser observado quando o professor se cala diante da turma ao perceber que todos estavam eufóricos, a partir de então, o silêncio vai se espalhando aos poucos entre os alunos. Outra cena importante para definir a aprendizagem a partir da experiência é quando Gregório leva seus alunos para uma aula ao ar livre, abordando temas da natureza.
Com base no contexto histórico, tais características podem ser associadas à teoria de Vygotsky (1896-1934) sobre o professor como mediador na relação ensino aprendizagem. A escola nova também pode ser relacionada a esse processo, já que os novos rumos da educação questionam método do ensino tradicional. E, no caso da Espanha, é preciso perceber que, neste período, recebeu influências soviéticas, socialistas e comunistas.
Para contextualizar o filme se faz necessário retomar um pouco da história espanhola que circunscreve o período. Em 1931, com a queda da monarquia, a Espanha se torna república. Havia esperança em separar a Igreja Católica do Estado. Porém, a herança feudal e a do santo ofício dividem a população. Itália, Portugal e Alemanha, nazi-fascistas e ditadores, apóiam o governo de direita e um golpe militar na Espanha. A esquerda se une com a Frente Popular e tenta impedir o avanço do fascismo. Pode-se perceber no filme a atuação do alfaiate, rotulado de ateu e a favor da república. Foi uma luta que teve a duração de três anos e tirou muitas vidas.
A primeira metade do filme foi apresentada na disciplina de didática II e suficiente para pensar uma interdisciplinaridade entre história, educação e cinema. Outra associação pode ser feita com os intelectuais Tardif, Gautier e Freire, a partir da concepção dos saberes pedagógicos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Próximas aulas...

Levando em consideração algumas falas dos alunos, estou redefinindo as atividades das próximas aulas.



Próximas aulas:

18/03 - Sexta-feira - Filme "A lingua das mariposas" - O trabalho pedagógico com filmes incluirá uma ficha de análise contendo alguns tópicos que guiarão nossa "leitura" e interpretação do filme.
22/03 - Discussão sobre o filme, com base nas análises feitas pelos alunos.
25/03 - Aula-expositiva dialogada dos textos:
  • ALLESSANDRINI, Cristina Dias. O desenvolvimento de competências e a participação pessoal na construção de um novo modelo educacional, pp. 157-176. (XEROX)
  • BORDONI, Thereza. Saber e Fazer: Competências e habilidades. Disponível em: http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/saberefazer.htm (Também tem cópia no xerox)
Ao ler os textos reflita sobre as questões levantadas ao final do texto de Bordoni:
  • Para pensar:
    - A quem compete facilitar o desenvolvimento de competências ?
    - O que é ser competente ?
    - Nós queremos desenvolver competências sob que ótica: a do capital, a do saber escolar, a da vida?
    - Quais as grandes mudanças por parte do professor e do aluno no ensino atual e no ensino para competência?
    - A competência valoriza o profissional?
    - O que o aluno ganha com isto?

    E boa leitura.....
29/03 - Palestra com o Prof. João Avila de Barros sobre avaliação (auditório da Faed)


01/04 -
1. Entrega da resenha crítica do livro "Pedagogia da autonomia" em que se deverá articular com as leituras realizadas na unidade I. Quem já fez a resenha deste livro pode usar esta resenha para fazer as relações com as leituras realizadas. Não sendo necessário ler todo o livro novamente. Lembrando que a resenha crítica deve ter duas páginas. Coloquei uma postagem no tópico Para saber mais que aborda a metodologia para trabalhos acadêmicos: resenhas, fichamentos e seminário.
2. Síntese da unidade: Cada aluno deverá construir suas próprias categorias sobre os saberes docentes que considera imprescindíveis no contexto atual. Discussão e argumentação sobre as categorias elaboradas.

05/04 - Introdução à unidade 2 -

Aula: planejamento e avaliação: práticas indissociáveis na ação pedagógica;
Procurando fazer um paralelo com a palestra sobre avaliação realizada no dia 29/03

Elaboração de um roteiro de questões sobre planejamento e avaliação para serem realizadas com professores de escolas (extra-classe);





segunda-feira, 14 de março de 2011

Resumo obra Tardif

Bom dia!

Para quem tiver interesse, estou colocando um link para o resumo de uma das obras de Tardif sobre os saberes docentes.
Resumo do livro disponível em:
Não foi encontrado o nome autor do resumo


Vê-se no trabalho de Tardif uma preocupação com a formação e aprendizagem do professor em seu processo de profissionalização. Não há uma especificação clara do que ele compreende como ensino, mas entende-se que este pode ser compreendido como uma atividade social, que implica interações entre sujeitos (no caso alunos e professores), sendo seu processo construído no fazer pedagógico.

Um outro artigo que explicita bem o pensamento de Tardif e Gauthier pode ser encontrado em:



A FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES EM FACE DOS SABERES DOCENTES

ALMEIDA, Patrícia Cristina Albieri de – UNICAMP – UNITAU
BIAJONE, Jefferson – UNICAMP


Sobre este último, encontra-se uma consideração sobre o que foi colocado por Maria Fernanda na aula de hoje:

Tardif (2002) ao fazer um balanço crítico a respeito dos resultados e dos problemas gerados pelas reformas, apresenta algumas dificuldades como aquelas decorrentes do insuficiente financiamento das reformas, das dificuldades de parceria entre as escolas e as universidades, etc. Argumenta, ainda, que os cursos de formação de professores, na sua maioria, continuam organizados por formas tradicionais de ensino e por lógicas disciplinares, e não por lógicas profissionais (p.15)

No entanto......

"Apesar dos problemas enfrentados pelas reformas, o autor menciona que elas caminham numa boa direção e que é possível identificar iniciativas muito positivas ao revelar que a formação de professores tornou-se, nas universidades, assunto-chave nas pautas. Observa-se que as autoridades têm reconhecido sua crescente importância, ao incentivar a promoção qualitativa das políticas, instâncias e programas de formação.
Ainda que pesem as dificuldades de relação entre as universidades e as escolas, o balanço crítico demonstra que as parcerias entre ambas as instâncias se multiplicaram e se estabilizaram, com muitos casos de sucesso. O mesmo se estende à pesquisa sobre o ensino: os progressos são inegáveis.
            Considerando as possibilidades e limitações dos movimentos das reformas nos cursos de formação de professores, há esperança de que, no Brasil, os centros formativos façam dessa ocasião um momento de conquistas e avanços nas práticas formativas e na profissionalização docente". (p. 15)

Como podemos perceber, estamos em um período de transição e reflexão, mas temos que pensar que as transformações estão ocorrendo paulatinamente, a reforma curricular do curso de Pedagogia recém saiu do papel. Então vamos em frente...

domingo, 13 de março de 2011

Saberes da Experiência I Unidade I

Saberes da experiência I - referente à UNIDADE I

Qual o significado de ser professor? Que competências e habilidades os professores devem ter para exercer a profissão?
O que seria para você o "bom" professor? Dê exemplos de estórias vividas, professores que você teve.
E o "mau" professor? Que atributos poderiam justificar as imagens que vocês têm do "mau" professor? Dê exemplos reais e vividos.
Que professor você deseja ser? Lembre-se que esta é uma importante reflexão a ser feita durante o processo de construção de sua identidade profissional.
Ser Professor é ser comprometido com a educação do aluno, é dar sem exigir nada em troca, é ensinar, transmitir, compartilhar conhecimentos e práticas com o aluno sem medo de um concorrente, fazendo com que ele tenha uma melhor visão do mundo, oportunizando conhecimento para a busca de uma profissão, e sobretudo crescendo junto com o aluno, olhando as questões sob o prisma do aluno e aprendendo com ele , com sua experiência de ser humano perceptivo e participativo. É educar, sempre interessado em motivar, em estimular a curiosidade pelo saber, sempre tendo como fundamento a filosofia socrática de sabemos que sabemos pouco e que o conhecimento é vastíssimo e que possibilita muitas oportunidades em diferentes campos, alguns saturados outros inexplorados e que no fundo sabemos que “nada sabemos” e que esta convicção não é modéstia, é apenas consciência crítica e que o professor deseja que cada aluno seja um dia muito mais sábio, muito mais crítico e muito mais bem sucedido do que o próprio professor. .
Como afirmou Cora Coralina: "Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina".
O professor deve desenvolver suas habilidades e competências para promover a curiosidade e a busca dos alunos pelo saber, pelos estudos, a pesquisa, a atualização e principalmente pela inovação, o entusiasmo o interesse em participar das atividades, em despertar neles o sentimento de participar, de criar uma sintonia, de despertá-los para mudar no mundo mudar o que eles percebem como incorreto, melhorar o que pode ser melhorado, como descobrir o novo, o óbvio, desenvolver nos alunos a percepção de que podem empreender, de que podem mudar, de que podem crescer e fazer crescer. O professor deve ser o mediador da aprendizagem, participar do processo de aprender, incentivar a busca de novos saberes, sendo detentor de senso crítico, conhecendo profundamente a área do saber que pretende ensinar, além de ser capaz de produzir novos conhecimentos, através da realidade que o cerca. Ter também muita perseverança, equilíbrio emocional, alegria, entusiasmo, muita paciência, criatividade, humildade, carisma, saber argumentar e dialogar com os alunos, com a direção da escola e também com os pais.
O bom professor de verdade é aquele que sabe provocar curiosidade, ensina a pesquisar, a procurar na prática o que se aprendeu na teoria, a usar o que se aprende em situações novas, transformando o aprender em compreender. Recordo do Professor de Ciências, que motivava os alunos em realizar a experiência em sala de aula, como plantar o feijão e analisar a transformação diária da semente. A Professora de Língua Portuguesa que muitas vezes passeávamos pelo Centro da cidade fotografando ou anotando os dizeres das placas de anúncio ou propagandas, com o objetivo de verificar a gramática nas frases encontradas. Mesmo na Universidade, na disciplina de Marketing, o Professor nos levou, a pé, no período noturno, subir o morro da lagoa para observar tudo que existia, num pequeno espaço, observamos as casas, os Restaurantes, serviços, escolas, encontramos até Cachoeira. Jamais esquecemos um bom Professor.
O mau professor pode compará-lo com o mau médico, se falhar, pode tirar a vida de uma pessoa, com o professor não é muito diferente, pois ao falhar, esse profissional que é imprescindível, tira do aluno a oportunidade de conhecer outra realidade, de ampliar seu horizonte, ele tira o direito que todo cidadão tem ao conhecimento, que é a ferramenta principal para a evolução da humanidade. Como exemplo, aquele que é ameaçador, que não respeita a opinião do aluno, amedrontando, gerando insegurança e tudo o mais, nem vale mencioná-lo.
Meu sonho é ser Professora, que ama o que faz, ensinar e aprender com gosto, com conhecimento, com paciência, com carinho, provocando nos alunos o prazer de sempre querer voltar para sala de aula e ouvir da maioria deles: - que pena a aula já acabou, só amanhã! É viver intensamente o tempo com consciência e sensibilidade. Como o ser humano está vivendo muito, eu com meus 52 anos, não poderei perder a oportunidade de ser Professora e não posso imaginar um futuro sem educadores, é muito importante formar as pessoas, em conhecimento, consciência crítica, fazer fluir o saber para construir o sentido para a vida e juntos edificar um mundo mais justo, mais produtivo, mais saudável e melhor para todos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

SABERES DAS MINHAS EXPERIÊNCIAS

Até onde minhas experiências me permitem, ser Professor significa ser instrutor, ser mediador, ser amigo, ser suporte, ser conhecimento, referência e sinônimo de profissional competente. E para que estas competências existam, é necessário, fundamental e intensamente imprescindível que o Educador tenha AMOR pela sua profissão, no verdadeiro sentido de Amar o que se faz . É necessário também, a consciência da sua função como Professor, ou seja, o papel que desempenha diante de seus Alunos e se essas funções contribuem para o desenvolvimento dos mesmos. E ainda posso citar como habilidades do Professor, a criatividade, o improviso, a determinação e a insistência em fazer o melhor.
Na minha concepção o "Bom" Professor seria exatamente aquele que tem AMOR por sua Profissão, que transmite esse AMOR para seus Alunos e que é visivelmente percebido por todos que participam desta relação. Essa figura de "Bom" Professor me faz lembrar de uma professora que fez parte da minha vida escolar, a Professora Conceição, carinhosamente chamada de Concita, nossa! tenho lembranças boas desta época e desta Educadora que foi tão querida não só por mim mas também pelos meus outros colegas. Eu percebia e vivenciava este AMOR de que tanto falo e acho essencial para esta Profissão, tanto, que ela representa para mim a figura de Profissional Competente, Dedicado e Amoroso que um Professor precisa ser.
Enquanto o "Mau" Professor, seria aquele Profissional que não tem consciência do seu papel como Educador, que possui extrema importância na educação de seus alunos, o entusiasmo não existe, muito menos a dedicação, o motivo pelo qual exerce esta profissão é financeiro e talvez até o medo do desemprego, provavelmente por não se qualificar na sua carreira, possui poucas chances de disputar no mercado de trabalho por outras funções. Desse tipo de Professor, lembro-me da Professora Reginalda, percebam que desde o nome ele retrata algo ruim, o oposto da Professora Concita, chegou até a bater em um de meus colegas da 3ª série, o Érico, de certo que ele era bem levado mas nada justifica a atitude da Professora, o que revela que ela também não tinha bom senso nem paciência para compor os alunos. Enfim, sobre ela não tenho saudade e muito que falar.
A construção de minha Identidade Profissional, ainda se faz como uma futura Professora que serei, na verdade ela é e será diária, e constantemente permanente até o fim da minha vida profissional, afinal ela é construida através de minhas experiências que vivi e que viverei ainda. Portanto, eu desejo sim me tornar uma "Boa" Professora e que esta definição ou adjetivo venha principalmente de meus Alunos, que eu tenha AMOR por minha Profissão, que seja dedicada e determinada, consciente do meu papel como educadora e quanto posso contribuir para educação de meus Alunos e que eles possam ter boas e saudosas lembranças minhas assim como tenho da Professora Concita.

Sobre aula 15/11

Ao verificar que muitos dos alunos não leram os textos que seriam abordados através de debate na aula do dia 11/03, solicitei aos que vieram que respondessem à algumas questões previamente elaboradas. Estas questões foram elaboradas para servir como documento síntese do que trabalhamos até aqui em relação aos saberes docentes, no entanto serviram como estratégia para que os alunos lessem os textos. Avaliei que os próximos textos devem ser mais curtos ou que será necessário um texto por aula. No entanto, penso que é importante que todos se comprometam com a leitura destes.
As questões que elaborei estão abaixo, poderão ser respondidas em duplas ou trios e entregues na próxima aula. Estas questões também serão debatidas na próxima aula,  juntamente com as questõs formuladas pelos alunos. Deixei as questões (mais um texto complementar sobre tendências pedagógicas, para melhor compreendermos o sentido dado por Paulo Freire ao professor progressista) com a Érica.
Abraços e bom final de semana

FAED-UDESC
DISCIPLINA: DIDÁTICA II      Professora: Bethania Medeiros Geremias
Alunos:
1)    Após debatermos sobre os textos trabalhados até aqui procure elaborar uma síntese a partir da seguinte questão:
Quais as relações que podemos construir a partir da leitura dos textos de Pimenta, Leal, Freire e Régis Medeiros? Que idéias estes autores apresentam em comum sobre os saberes da docência?
2)    Quais as concepções de ensino apresentadas por Tardif no texto de Régis Medeiros e qual o foco de cada uma delas? Ou seja, o que cada uma delas prioriza no processo de ensino-aprendizagem?
3)    Podemos afirmar que os saberes pedagógicos têem relação com o modo como é concebido o ensino? Em caso afirmativo, justifique sua resposta.
4)    Identifique no texto de Régis Medeiros a concepção de ensino apresentadas pelos autores Gauthier e Tardif?
5)    De que maneira os saberes apresentados por Paulo Freire auxiliam no entendimento das categorias de saberes docentes criadas por Tardif e Gauthier?
6)    Qual seria o significado do “bom” professor no pensamento de Paulo Freire?
7)    Como Paulo Freire compreende o processo de escrever e de estudar no texto primeiras palavras?
8)    Destaque nos textos de Paulo Freire os argumentos deste autor que justificam a afirmação “Professora sim, tia não”.

P.S. Alguns alunos ainda não me entregaram o texto sobre os saberes da experiência impresso. Último dia: 15/03/2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

Reflexão sobre os dizeres inspiradores de Rubem Alves...

Inspirador... palavra que resume meu sentimento durante toda a entrevista feita com Rubem Alves! Entrevista, essa de uma riqueza extraordinária para nós profissionais da educação pensarmos o verdadeiro significado e a importância de ser docente!

Rubem Alves no começo da entrevista faz uma relação simples porém significativa, concluindo que o professor tem o dever de abrir o apetite do aluno, mostrar à ele o que é gostoso, despertar nele o desejo de aprender. FANTÁSTICO! Concordo plenamente com ele... um trabalho quando é mostrado de forma que agrada, de modo que desperta a vontade de aprender; é um grande passo para um resultado positivo e enriquecedor!

Outra parte da entrevista que me fez refletir, foi a questão que o "grande problema está na aula do professor", não diria o GRANDE PROBLEMA, mas diria que boa parte dele está... Aliás, hoje em dia existem muitos professores desmotivados, presos a apenas uma realidade; assim não transmitem pensamentos diferentes sob uma visão de esperança!

NOSSA! Muito importante ter assistido esta entrevista... ressaltando para concluir, quando é dito: "aquilo que é memorizado sem amor, desaparece".E é assim que devemos transmitir ao próximo, com amor, dedicação e comprometimento!

sábado, 5 de março de 2011

Aprendiz de Mestre-Cuca

Para Rubem Alves o professor tem a tarefa de despertar nos alunos uma curiosidade e um desejo de aprender mais.

Dessa forma fico à vontade para escrever o que eu entendo pelo saber:

- O saber, além do significado de conhecer, vem do sabor, é também de saborear, degustar, provar...

Essa dupla estrutura da palavra saber pode nos levar a refletir que ao professor cabe o título de ser um gourmet do conhecimento, ou ainda um mestre-cuca.

E porque será que tem esse nome MESTRE-CUCA?

Alguém já ouviu a expressão: Devorar um livro?

Parafraseando Rubem Alves, penso que a aula é a comida e o professor é o cozinheiro, já o aluno é quem vai saborear ou não esse alimento da alma...

As receitas existem. Muitas delas pra fazer a mesma coisa... tem bolo de cenoura, chocolate, baunilha... várias receitas para um mesmo tipo de comida. E tem os temperos... tem o modo de fazer... o tempo certo para cozinhar...

Penso que no início a gente segue uma receitinha aqui, outra ali... aos poucos a gente vai inovando, acrescentando ou tirando ingredientes. Assim é com a comida para o corpo e assim é a comida da alma (ou do cérebro para os menos românticos).

Aos mais refinados, um Le Cordon Bleu Intelectual...



Erica Gonçalves (Aprendiz de Mestre-Cuca)





Para saborear a crônica de Rubem Alves, aí vai o link:

http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/r_alves/id090301.htm

quinta-feira, 3 de março de 2011

Atividade I

Ser professor tem um significado de desenvolvimento, de criatividade e de propulsor de inovações intelectuais.
De desenvolvimento, entendo que é devido aos conceitos pré-estabelecidos que vão sendo trabalhados ao longo do tempo em que se desenvolve o aprendizado do(s) aluno(s), em suma, desenvolve sua estrutura intelectual a partir de uma base.
De criação, por estimular o aluno a criar sua própria estrutura intelectual a partir do que ele compreende, porque cada um de nós vê o mundo a nossa maneira, que se assemelha a forma de outros em alguns casos, porém, nunca é a mesma, de maneira ampla.
De propulsor de inovações intelectuais por descobrir em cada aluno o estímulo certo para despertar a sede pelo conhecimento e a busca de novos horizontes do saber que tem possibilidades infinitas.
As habilidades de um professor primordialmente são: de ser um observador atento ao caminho que se propõe a trilhar (didática) e quais passos estão sendo dados pelo(s) aluno(s) e por ele mesmo; e de um questionador ao perceber dificuldades do(s) aluno(s) no caminho a ser trilhado buscando assim identificar o que não está sendo compreendido e estabelecer uma comunicação mais estreita e precisa na mediação do conhecimento e não na imposição dele.
O “bom professor” é aquele que trabalha pelo desenvolvimento do intelecto e respeita as escolhas de cada indivíduo estimulando a busca de conhecimento. Um bom exemplo de “bom professor” é a apresentação, de maneira mais palpável, de conceitos estudados na teoria na prática, como mostrado em minha aula de biologia o desenvolvimento de uma semente de feijão que se fazia aos nossos olhos dentro de um copinho plástico com um pouco de algodão e água, de onde podemos acompanhar curiosamente passo a passo o seu desenvolvimento.
O mau professor é caracterizado pela soberba de ter o conhecimento e a visão do aluno como uma marionete a ser conduzida. Tem atitudes impositivas, coercitivas, limitadoras e manipuladoras. Um exemplo vivido foi com uma professora de matemática que explicava o conteúdo, não aceitando interrupções, e ao ser questionada com dúvidas dos alunos, ao final da exposição do conteúdo, esta dizia que já tinha explicado e que não explicaria novamente já que o aluno deveria prestar mais atenção na hora em que estava ensinando.
Desejo ser uma professora com conteúdo para que possa elaborar bons planos de ensino e mediar o conhecimento estimulando a criatividade e curiosidade do(s) aluno(s) e minha também, pois estamos todos nós num contínuo aprendizado.

Docência: a eterna busca

Ser docente já foi significado de sacerdócio, missão, vocação. O mestre já tomou muitas formas, e desfigurou-se para então tornar-se outro. A professora era a mãezinha, que com seu instinto maternal deveria educar instruir, sensibilizar. Quanto deste passado ainda está arraigado em nós? Como se constrói a identidade do/da professor/a contemporâneo?
Admitindo-se a existência de um sujeito fragmentado, não único, imutável, estável, e a mobilidade da identidade veremos que não há como assumir um único conceito de ser docente. A identidade docente está ligada não só com aspectos profissionais, de cunho técnico ou científico, assim como não se restringe aos saberes da prática ou a feitios emocionais. Não existe, portanto, uma única maneira de ser professor/a. A docência tem muitas facetas e não se restringe ao pedagógico, assim como não se encerra na formação acadêmica. É resultado da subjetividade e identificação de cada um, da maneira de ver e pensar o mundo, o ser humano e a educação, munido de referencial teórico e metodológico que vai caminhar para uma construção identitária. Assim pode-se dizer que o ser docente está em constante (re)construção, e porque não, (des)construção.
O trabalho docente é por um lado social, ou seja, se constitui na interação entre sujeitos, e ao mesmo tempo uma ação individual de constante busca por conhecimentos, associações cognitivas e práticas intelectuais. O que requer certa sensibilidade para lidar com o outro, com o olhar do outro, os sentimentos do outro, percebendo as sutilezas dos sujeitos de forma a “ver o outro como legítimo outro”. Por outro lado, requer em determinado tempo e espaço, introspecção, estudo, reflexão. O professor deve ter consciência de seu papel social.
Se me perguntarem qual minha visão pessoal (e, portanto subjetiva) do ser docente, e mais do que é ser um bom/boa professor/a poderei assinalar algumas características, que para mim são imprescindíveis, quer sejam: transposição didática, ou seja, capacidade de tornar o conhecimento científico e abstrato em um saber inteligível; respeito às diferenças, sejam sociais, culturais, étnicas, de gênero ou físicas; ver-se e reconhecer-se como ser em constante processo de construção; não ver nem tratar os conhecimentos como única possibilidade, sempre apontando para outras possíveis perspectivas; ser rigoroso sem ser inflexível; ter sempre a curiosidade mobilizadora e a sede por conhecimento; sabe que ao ensinar também aprende e que este movimento nunca tem fim. O bom/boa professor/a encanta incita e inspira com seu discurso inflamado e apaixonado. Move a vontade de saber sempre um pouco mais. E sua atuação nunca finda, continua viva na memória de seus alunos e alunas.
O mau professor/a seria o oposto. Negligente, não incita a busca por conhecimento; apático e repetitivo, sua atuação é tediosa; não há em si mesmo respeito às diferenças e nem mesmo torna o conhecimento abstrato inteligível; vê-se e acha mesmo que é um ser acabado, que nada mais há para saber e sente-se superior. Mostra apenas uma face do conhecimento historicamente construído e legitimado, nunca apontando outras possibilidades. Encerra sua atuação na sala de aula, e pensa estar professor/a e não sê-lo.
Quero, ao longo da minha carreira docente, poder ser a roda viva, que ama a educação, que está em constante movimento, buscando novos conhecimentos, ensinando e aprendendo, mestra e discípula. Reconstruir-me, desconstruir-me, encontrar-me e me perder-me para em seguida encontrar novamente no mistério que é educar. Nunca estarei de fato pronta, mas afinal nunca estamos... Que não me falte vontade, sobretudo boa vontade e que minha busca nunca se encerre, pois creio que podemos ser melhores sempre...

Ser professor segundo Rubem Alves

Achei o vídeo do Rubem Alves muito enriquecedor para as nossas discussões/reflexões realizadas, não só na disciplina de didática, mas também em todas as outras matérias.
Concordando com as afirmações deste escritor, gostei da parte que ele fala que o professor, no processo de ensino-aprendizagem, deve ser um sedutor, ou seja, aquele que abre o "apetite" do educando despertando nele o desejo de aprender. Sem essa mediação não haverá aprendizagem singificativa.
Rubem Alves também coloca que o professor deve ter uma visão de esperança em relação ao educando. Concordo plenamente com o seu ponto de vista. Afinal, como poderemos ensinar sem acreditar naquilo que estamos fazendo? O professor não deve ter uma visão conformista sobre os aspectos da realidade, mas sim deve lutar para mudar o que está posto.
Quando ele afirma que "a grande questão da educação não está no sistema escolar, mas está na alma do professor", penso que não é somente isto, pois envolve questões muito mais amplas. Envolve toda uma sociedade, seus sistemas de exclusão e de desigualdades e também a questão da (des)valorização do trabalho do professor.
Diante desses e dos demais pontos destacados por Rubem Alves é possível repensar o nosso processo de construção da indetidade profissional e, assim, atuar de forma mais significativa no processo de ensino-aprendizagem.

Palestras "Planejamento e avaliação em debate"

Divulgando palestras sobre planejamento e avaliação conforme exposto no plano de ensino. Lembro que será um dia letivo normal. Serão cobradas atividades referentes aos dois enventos. Divulguem para outros alunos, pois as palestras estão abertas ao público em geral.

http://portalfaed.udesc.br/inicioimages/PALESTRAS%20DIDATICA.pdf

Aproveito para lembrá-los que amanhã é o último dia para postagem no blog da atividade I e entrega do texto impresso.

Abraços,
O TEMPO E AS ABERTURAS


Refletindo sobre o significado de ser professor ou professora lembro-me da construção histórica deste ofício... O pedagogo e a origem da palavra... Um condutor... Aquele que conduzia o aluno até o mestre... Depois, ele se tornou o mestre... E, então ELAS se tornaram as "cuidadoras". Pelo menos até chegarmos ao ensino médio, lugar onde os homens se podem fazer presentes... Quando penso nisto considero tantas questões que ainda invadem este universo cerceado por: gênero, dominação, desvalorização e desigualdades. E aí, quando considero tudo isso, penso que ter consciência da construção histórica da identidade do “SER” DOCENTE consiste em uma importante ferramenta para se estar inteiro naquilo que se faz.
Tenho tomado consciência de que a professora ou o professor é um profissional que atua na tortuosa e indispensável educação institucionalizada participando da formação de seres humanos. E o significado deste trabalho varia conforme “a cabeça” (não esquecendo que ela está grudada ao corpo, rsrsrs) de cada pessoa que ocupa esse lugar e a sociedade onde ela está inserida.
Ao considerar minhas vontades e escolhas, posso dizer que um EDUCADOR ou uma EDUCADORA deveria SER alguém que conhece e se compromete com a sociedade da qual faz parte. E que ele/ela precisam estar impregnados de vontade de participar da construção humana de uma forma dinâmica e crítica.
Neste sentido, torna-se fundamental estar ABERTO para a vida, as pessoas, os conhecimentos. E é imprescindível que se busque: na ética, na sabedoria e na generosidade força para fazer aquilo que escolheu... Porque conhecer o passado e o presente de sua escolha profissional torna sua percepção acerca dos ranços e dos equívocos muito mais apurada, possibilitando escolhas capazes de fazer alguma diferença, se esta for a intenção.
Sobre os “bons” e os “maus” professores... Não sei se acredito em suas existências ou se nós poderíamos categorizar a atuação de um professor ou de uma professora com apenas este par de adjetivos... Em minha trajetória acadêmica me constituí por meio de inúmeras educadoras e inúmeros educadores. Acredito que me recordo de quase todos... Então, penso que se eles e elas fazem parte de mim, eles são bons e maus cada qual a seu modo. Visto que eu sou boa, má e mais um punhado de coisas... Ou os “verdadeiramente ruins” sejam aqueles poucos dos quais eu não me recorde... Pois, estes e/ou estas passaram pela minha vida e não significaram nada... Mas, talvez possam ter significado algo para outros... Então, o que eles são?!
Contudo, em minha trajetória escolar, os professores e as professoras que mais contribuíram em minha formação foram aqueles que exalavam: profundo conhecimento e curiosidade sobre aquilo que se propunham mediar, comprometimento com a escolha de sua identidade profissional e amor... É, AMOR!!! Este, definido aqui como aceitação do outro, respeito ao outro e a si mesmo. E aqui não tem nada de "água com açúcar", não tem nada haver com ser bonzinho e falar manso... Tem relação com perceber o outro e ser sensível a ele.
No que cabe a mim... Desejo acordar a maior parte dos meus dias me importando com a maior parte das pessoas que cruzarem o caminho que escolhi, seja na educação institucionalizada e/ou fora dela... Estar aberta na construção de minha identidade se encerra em minha grande vontade e meu maior desafio!


Diferente da idéia trazida ao longo dos tempos e que até hoje muitos professores carregam consigo, ser professor não é aquele que tem somente o dever de ensinar e transmitir conhecimentos. Ser professor é conduzir e mediar as trocas de conhecimentos e experiências presentes em aula. É aprender e compartilhar saberes com seus educandos, esses saberes que não necessariamente são científicos e acima de tudo respeitar seu aluno como um ser pensante e participativo no processo de aprendizagem.

Ao realizar sua prática o ser docente deve acima de tudo estar envolvido com tal atividade, não interpretá-la como uma obrigação a ser cumprida, mas sim fazer de cada aula um momento de integração com os demais envolvidos e uma “gostosa” busca de valores e conhecimentos para sua vida profissional e pessoal. Isso fará com que seus educandos também se envolvam cada vez mais com o processo e tornam-se abertos a conhecer e refletir, valorizando a ação docente.

Entendo como um “bom “professor aquele que está em constante reflexão sobre sua prática e que busca mecanismos para exercer-la de forma criativa e produtiva. Que saiba trabalhar com o grupo sem desrespeitar a necessidade de cada um, sempre aberto para o diálogo. E como exemplo desse profissional, carrego comigo as lembranças de uma professora de português que tive na 5ª série. Ela estava sempre inventando maneiras interessantes para transmitir o conteúdo, suas propostas de atividades me excitavam a participar e conseqüentemente aprender com facilidade. Ela fazia da aula um momento divertido e proveitoso.

Em contrapartida, analisando o que é ser um “mau” professor, acredito ser aquele que se acha o “dono da verdade”, ou seja, o único a ensinar. Ele não está aberto para críticas sobre sua prática e não se põe disposto a revê-la. Ele não excita a participação dos alunos e nem aguça a curiosidade desses. Tornando o processo cansativo e sem retorno. Agindo de maneira autoritária, ele oculta saberes e experiências dos envolvidos. E como exemplo desse profissional, carrego lembranças da minha professora de ciências da 6ª série. Ela já entrava na sala com uma expressão fechada, aparentava cansaço e irritação de está ali. Seu método era o tradicional, enchia o quadro de texto para que copiássemos. Eu não me entusiasmava e não absorvia nada do conteúdo.

Que tipo de professor eu desejo ser? Esse é um questionamento que suscita em mim muitas reflexões todos os dias, por está em processo de construção da minha identidade profissional e mais ainda pelo fato de já está vivenciando uma experiência dentro da escola. Porém mesmo diante de muitos questionamentos e muitas peças a serem encaixadas em minhas reflexões, busco exercer a prática docente de forma ética, criativa, respeitando cada aluno e me pondo a disposição deles em todos os momentos. Procuro botar em prática tudo aquilo que já aprendi e adotei como importante para realização de uma boa ação educativa. E assim, mas do que refletir sobre que tipo de professor eu quero ser, me ponho a questionar que tipo de professor eu estou sendo? Pois sei que a parti do momento que entro em uma sala de aula, eu já estou influenciando diretamente na construção do aprendizado e desenvolvimento das crianças.


terça-feira, 1 de março de 2011

Ser professor segundo Rubem Alves

Conforme combinado, estou colocando o link para o video do Rubens Alves sobre o papel dos professores no processo de ensino-aprendizagem. 


Que relações podemos fazer com as leituras realizadas até então e com nossas experiências pessoais e profissionais? Vocês podem comentar aqui no blog mesmo, para que possamos dar continuidade às discussões.

Abraços!

Observação: No "Para saber mais", coloquei um link para um texto que organizei para ajudar na produção de resenhas, fichamentos e seminarios. Você pode ler o texto acessando também o link abaixo:

Saberes da experiência I - referente à UNIDADE I

Ser professor implica avaliar a si mesmo antes de propor avaliação aos alunos. O professor deve estar ligado as mudanças método-educativas e sociais para entender outros processos e modelos educativos, como por exemplo, as recentes propostas na área de educação à distância, uma tendência contemporanea na área de educação para várias modalidades de ensino.
Um bom professor deve gostar do que faz e ter desejo de ensinar, sem desejo e prazer não é possível ensinar, acredito ser algo chato e dolorido, por isso acredito que provas, como forma de avaliação, não são capazes de avaliar todas as habilidades do aluno por ser uma forma de aprendizagem que exige do aluno que apenas "decore" para fazer as provas. Tive minha formação na escola pública e com provas na forma de avaliar, acredito que não é possível encaixar o aluno numa forma de pontos e média 7 que o classifique e o faça avançar nos estudos e na intelectualidade dos estudos.
Todo o trabalho deve ser respeitado, inclusive o do professor e do método que usa para avaliar seus alunos, mas avalio que o professor deve rever conceitos e se avaliar nas próprias atitudes método-pedagógicas e avaliativas na prática educativa.
Em todas as disciplinas procuro tirar o máximo de proveito no que se refere a forma de ensinar para as diversas propostas pedagógicas que estão em evidência e que possam funcionar na sala de aula. Minha experiência de vida também vai me ajudar na construção do processo de ensino e avaliação dos meus alunos, sempre estando aberto a mudanças, até porque, tudo o conhecimento e identidade profissional vai se mudando e aperfeiçoando no processo de formação da graduação do curso de Pedagogia e no processo pós-formativo do curso.
atenciosamente,
Rafael da Silveira 01/03/2011 às 16:16 hrs