Professora da disciplina

Professora Bethania Medeiros Geremias

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"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." Paulo Freire

sexta-feira, 22 de abril de 2011

COMPLEMENTO DA RESENHA DA “PEDAGOGIA DA AUTONOMIA” DE PAULO FREIRE E O APROFUNDAMENTO DAS CRÍTICAS ÀS INTERPRETAÇÕES EQUIVOCADAS

Inicio este parágrafo para explicar que se trata de um complemento à resenha do livro da “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire, solicitado na disciplina de Didática II, das questões levantadas a respeito da apropriação indevida, da superficialidade da leitura da obra e das interpretações equivocadas que são feitas por profissionais da educação.
A resenha solicitada, de acordo com as orientações, deveria seguir um roteiro proposto e escrito em duas páginas. O que justifica o fato do não aprofundamento de questões como: superficialidade da leitura, interpretações equivocadas e relação com autores sugeridos na Unidade I cuja ideologia se pauta no construtivismo e na difusão do empreendedorismo.
Sobre a superficialidade da leitura que levam às interpretações equivocadas da perspectiva de Freire sobre educação, penso que o antídoto eficaz para a compreensão clara da obra dele está justamente em CONHECER O CONTEÚDO A SER MINISTRADO, com profundidade suficiente para saber que as ideologias das competências e das habilidades vão de encontro à concepção política de educação de Paulo Freire.
Thereza Bordoni, Regina Barros Leal, Regis Medeiros e Pedro Demo deixam evidente sua orientação para a pedagogia das competências e habilidades, fundamentada na Revista Nova Escola e em Philipe Perrenoud, que estão voltadas para o empreendedorismo da educação. Ou seja, o professor deve ser flexível, apto às transformações tecnológicas e um disseminador da educação que prepara para o mercado de trabalho competitivo.
No livro de Paulo Freire “Pedagogia da Autonomia” há uma nota de rodapé no item “1.2 – Ensinar exige pesquisa” em que ele escreve: “Fala-se hoje, com insistência, no professor pesquisador. No meu entender o que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque professor, como pesquisador.”
Como se pode perceber não há como escrever em duas páginas um aprofundamento das críticas à superficialidade da leitura das obras de Paulo Freire e na resultante interpretação equivocada da sua perspectiva de educação como ATO POLÍTICO, já que os autores Pedro Demo, Regina Leal, Reis Medeiros e Selma Pimenta não partilham das ideias propostas por Paulo Freire.
Como acadêmica de Graduação, no papel de aluna e aprendiz, meu discurso se limita a questionar os pontos que me trazem dúvidas ou que ficaram incompletos para a compreensão do conteúdo ministrado. Para entender melhor a diferença entre as diferentes correntes pedagógicas será preciso um aprofundamento da leitura de Paulo Freire, bem como sua orientação política.
Afinal, não importa quando ou como, o importante, como docente ou futuro docente, é se apropriar corretamente nos conceitos historicamente construídos.

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