Professora da disciplina

Professora Bethania Medeiros Geremias

Participe das discussões, comente, reflita, avalie, se auto-avalie, critique, opine, sugira... Este blog é nosso! Um espaço de ensino-aprendizagem coletivo. Estamos todos aprendendo e ensinando sempre, não esqueça disso!
"A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes". Einstein

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." Paulo Freire

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Síntese do grupo 03 - Finalidades do Projeto de Ensino-Aprendizagem: Plano de Curso e Plano de Aula.

Síntese do trabalho apresentado na disciplina de Didática por:
Gilberto Nogara Junior
Rafael da Silveira
Najra Silva

Grupo 03: Finalidades do Planejamento-Projeto de Ensino-Aprendizagem:
Projeto de curso e Plano de aula

Projeto de Ensino-Aprendizagem
É o planejamento mais próximo da pratica do professor e da sala de aula. Enquanto o Projeto- Político-Pedagógico diz respeito ao plano global da instituição, o Projeto de Ensino-Aprendizagem diz respeito mais estritamente ao aspecto didático. Pode ser subdivido em Projeto de Curso e Plano de aula.
Conceito de Projeto de Ensino-Aprendizagem:
É uma práxis determinada, considerada suas ligações com o real, na definição concretizada de seus objetivos, na especificação de suas mediações. É a intenção de uma transformação do real, guiada por uma representação do sentido desta transformação, levando em consideração as condições reais e animando uma atividade. (Castoriadis, 1995: 97)
Projeto à Plano
O significado da palavra projeto é mais vivo, dinâmico e potencialmente mobilizador, enquanto plano remete mais a idéia de produto.
Porque Projeto de Ensino-Aprendizagem e não apenas de Ensino?
Porque Ensino e Aprendizagem são conceitos essencialmente relacionais e dialéticos: “O ensino (magistério) não existe por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem (estudo). O que existe entre ensino e aprendizagem é uma relação de ‘dependência’ ontológica (Veiga, 1997: 139).
O planejamento se coloca no campo da ação, do fazer; O projeto de Ensino-Aprendizagem está atrelado a uma concepção de Educação, que por sua vez está atrelada com a concepção de conhecimento e currículo. Estas concepções devem constar no Projeto-Politico-Pedagógico da instituição.
Concepção de Educação do autor:
“Entendemos que a educação escolar é um sistemático e intencional processo de interação com a realidade, através do relacionamento humano baseado no trabalho com o conhecimento e na organização da coletividade, cuja finalidade é colaborar na formação do educando na sua totalidade – Consciência, caráter cidadania -, tendo como mediação fundamental o conhecimento que possibilite o compreender, o usufruir ou o transformar a realidade” (Vasconcelos, 2002).
Visão geral do Projeto de Ensino-Aprendizagem
Elaboração:
Analise da realidade
Conhecimento da realidade– esforço investigativo no sentido de captar e entender a realidade tal como se encontra no presente, sua articulação histórica, em vista da transformação.
*Sujeitos-(quem, para quem)- Autoconhecimento do professor e o conhecimento da realidade do aluno, apreendendo suas principais características, que fazem, que esperam, que pensam.
*Objeto- (ô que/ disciplina)- domínio do conteúdo por parte do professor e quais as representações que os educando têm dele.
*Contexto- (onde, quando)- A aprendizagem não ocorre no vazio e sim num determinado contexto, realidade que contempla a sala de aula, a escola, a comunidade e a sociedade como um todo.
* necessidades- (porque)- vem da realidade.

Projeção de finalidades
Uma finalidade bem formulada organiza o pensamento e ajuda o desencadeamento do processo para atingi-lá, mostrando a intencionalidade.
Objetivo- (para quê)- “Estabelecer objetivos é ter a habilidade de dialogar, de perscrutar o mundo, de descobrir o sentido, e devolver à comunidade de forma orgânica, como um convite, um desafio” (Vasconcelos, p 112, 2002).
*Geral
* Especifico

Formas de mediação- É a dimensao relativa ao processo de elaboração do encaminhamento da intervenção da realidade, ou seja, como viabilizar as finalidades, a partir das condições existentes; Consiste em orientar a reflexão para a ação, para a pratica.
*Conteúdo- (o que)
*Metodologia -(como, onde, quanto tempo)
*Recursos- (com o que)
*Quadro de dimensões (Vasconcelos, 2002).

Elementos fundamentais que organizam a prática didática do professor?
O que ensinar- (Conteúdos);
Como ensinar-(forma, quando, com que, onde);
Como acompanhar-(como vai o processo, como saber se estamos chegando onde desejamos);
Como integrar o seu trabalho com os demais e da escola;
Como organizar a coletividade de sala de aula-(regras, normas);
Como registrar-(memória);
Segundo Vasconcelos o objetivo principal do planejamento é possibilitar um trabalho mais significativo e transformador, consequentemente, mais realizador, na sala de aula, na escola e na sociedade. O plano não deve ser feito por uma exigência burocrática, mas deve corresponder a um projeto-compromisso do professor.
A finalidade do projeto é criar e organizar o trabalho. Para tanto deve ser objetivo, verdadeiro, critico e comprometido. O grande desafio é: “Mudar a mentalidade de que fazer é preencher formulários. Antes de mais nada, fazer planejamento é refletir sobre os desafios da realidade da escola e da sala de aula, perceber as necessidades, re-significar o trabalho, buscar formas de enfrentamento e comprometer-se com a transformação da prática. Se isto vai para um registro escrito depois, é um detalhe!
Vasconcelos aponta em seu texto as 3 dimensões essenciais de elaboração do projeto didático: Análise da realidade, projeção de finalidades e elaboração de formas de mediação. O essencial é o movimento entre essas 3 dimensões.
O projeto de ensino-aprendizagem pode ser subdividido basicamente em Projeto de Curso e Plano de Aula:

Projeto de curso
• “[...] proposta geral de trabalho do professor naquela determinada disciplina ou área de estudo[...]”.
• Questão da acessibilidade ao projeto
• Algumas escolas nem dão acesso ao professor ter em mãos o projeto de ensino ao diário de classe, outras, fazem diferente e dão total acesso ao professor (o que é necessário);
Possíveis elementos do Projeto de curso
• Projeção de finalidades:
• Finalidades da escola;
• Fundamentos da disciplina;
Finalidades da escola
• [...]“Para quê? – amplo”[...]
• Quando a escola tiver, é um dever que o professor busque essas finalidades no Projeto Político-Pedagógico;
• E me pergunto: quando a escola não tiver o “PPP”, espera-se do professor a atitude de ancorar bases sólidas educacionais em seu projeto;
Fundamentos da disciplina
• Tentar desvelar o explícito que a disciplina oferece, no que se refere a seu sentido e força;
• “[...] Para que estudar esta matéria?[...]”
• É uma questão séria o confronto da disciplina X;Y com as grandes finalidades da escola;
Sugestões na elaboração dos fundamentos
• Compreensão do mundo que o cerca (sentido);
• Usufruir do patrimônio que a humanidade produziu historicamente (elementos de sociedade e trabalho);
• Transformação de si, do contexto, e no mais geral, da realidade ampla que nos cerca;
• Objetivos gerais precisam ser explicitados;
• Como algo que não está pronto, mas que vai ser elaborado pelo grupo;
Detalhadamento periódico (mensal ou bimestral)
• Projeção de finalidades
• Objetivos específicos // objetivos específicos para aquele período de trabalho;
• Pode ter como referência as necessidades localizadas e também três tipos de conteúdos (conhecimentos, habilidades, atitudes) de acordo com as necessidades;
Sobre os objetivos específicos
• Cabe a diferença entre o professor formalista e o educador crítico;
• O professor formalista, ‘pega’ o conteúdo do livro didático ou do PPP anterior e ‘inventa’ os objetivos correlatos;
• O educador critico, seleciona os conteúdos com vista nas necessidades, preocupações, objetivos, ainda que não consciente disso;
• Conhecer é um processo e não um produto;
• Segundo Paulo Freire: interdisciplinareidade, tema-gerador, eixos, complexos temáticos, totalidades de conhecimentos podem ajudar no processo do conhecimento do aluno;


Plano de aula
Conceituação de Plano de Aula, segundo Vasconcelos:
É a proposta de trabalho do professor para uma determinada aula ou conjunto de aulas. Corresponde ao nível de maior detalhamento e objetividade do processo de planejamento didático. É a orientação para o que fazer cotidiano. O Plano poderá ter muito mais consistência e organicidade se tiver articulado ao Projeto de curso e ao Projeto Político Pedagógico.

Em seu texto Vasconcelos afirma que “planejar significa antever uma forma possível e desejada”, sendo uma necessidade do professor e não uma imposição formal da direção ou coordenação.
A seguir veremos o quadro de dimensões e os elementos do Plano de aula proposto por Vasconcelos:

*Analise da realidade – Assunto e Necessidade.


*Projeção de finalidades – Objetivo.


*Formas de Mediação – Metodologia; Tempo; Recursos; Avaliação; Tarefa; Observações.
*Quadro de dimensões (Vasconcelos, 2002).


Assunto: Indicação da temática a ser trabalhada em sala de aula.

Necessidade: Explicitação das necessidades percebidas no grupo e que justificam a proposta de ensino.

Objetivo: Explicitação do Objetivo Específico do ensino daquele assunto. Tem a ver com o sentido do ensino deste determinado conteúdo, para este grupo, neste momento (o que eu quero mesmo com este trabalho?).

Conteúdo: Explicitação do conteúdo a ser trabalhado. Pode ser mais ou menos detalhado, de acordo com o conhecimento do professor: quando o assunto é muito conhecido e já trabalhou varias vezes sobre ele, basta uma referencia para a memória. Quando o assunto esta em pesquisa, em processo de elaboração, quando a síntese não esta suficientemente construída, é importante que o conteúdo seja mais detalhado.

Metodologia: Explicitação dos procedimentos de ensino, técnicas, estratégias, a serem utilizadas no desenvolvimento deste assunto; é o caminho concreto a ser trilhado.Pode indicar tanto as atividades previstas para o professor, quanto as esperadas dos alunos.
Deve se considerar a especificidade do objeto de conhecimento em questão; dependendo do objeto, pode-se demandar um tipo de ação, que seja mais apropriada para o estabelecimento de relações entre o sujeito e ele. Os tipos de atividades que podem ser desenvolvidas dependem, por exemplo, se a aula é de Física, Português, Matemática ou História; mesmo na própria disciplina, em função do tema especifico, pode caber melhor uma ou outra atividade (uma ida ao laboratório, um pesquisa teórica, um debate, uma observação direta da realidade, a projeção de um filme, etc.).
Tempo: previsão do tempo a ser empregado com este assunto (quando – no sentido de duração; em relação ao sentido de ordem, já se manifestou antes pela sequenciação dos conteúdos). É claro que trata-se sempre de uma estimativa, mas é importante para a viabilização da proposta. A previsão do tempo revela também a prioridade dada a cada parte.

Recursos: cabe aqui a indicação dos recursos que serão utilizados. É importante não desperdiçar oportunidades de inclusão dos recursos. Se o professoer não planeja e só se lembra quando a aula está em andamento, não dará para aproveitar mais a idéia, pois não preparou o material (ex: texto, recurso audiovisual, material ou condição para aplicação de uma técnica, etc.).

Avaliação: explicitação de como este trabalho estará sendo avaliado (que necessidades – como vai indo): que estratégias o professor pode estar utilizando em sala para acompanhar o processo de desenvolvimento e de construção do conhecimento do aluno. Aqui explicita-se mais uma ligação entre forma de trabalho e de avaliação: se a metodologia em sala de aula é passiva, naturalmente fica mais difícil avaliar, já que o aluno não esta se expressando.

Tarefa: Indicação das atividades que serão propostas para serem feitas fora da sala de aula. Deve estar relacionadas aos objetivos trabalhados ou que serão trabalhados na sequência. Numa perspectiva interacionista, a tarefa tem como funções básicas:

- O aprofundamento e síntese do que esta sendo visto em classe;
- Ajudar o aluno a ter representações mentais previas disponíveis correlatas ao assunto a ser tratado nas aulas seguintes.
Desta forma através das tarefas, o aluno planeja sua participação na aula.

Observações: Registro do professor sobre o andamento do cotidiano do trabalho: o que fez, como fez,o que estava prevista e deixou de fazer, comportamento de aluno ou de classe que chamou atenção, etc. Pode anotar aqui sua reflexão e avaliação sobre a caminhada, tornando o projeto um instrumento de pesquisa sobre sua pratica: o que deu certo, o que não deu, as duvidas e certezas que surgiram, suas hipóteses. É preciso resgatar este habito de escrever sobre a prática, tendo em vista a possibilidade de uma reflexão mais sistemática.

Bibliografia

Vasconcelos. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político pedagógico.10 ed São Paulo: Libertad, 2002 (Cadernos Pedagogicos do Libertad, 1.

Minguili. Maria da Gloria; Daibem, Ana Maria Lombardi. Projeto Pedagógico e Projeto de Ensino: Um Trabalho com os elementos constitutivos da pratica pedagógica. Unesp-Sp (retirado do sitio: http://www.franca.unesp.br/oep/Eixo%203%20-%20Tema%202.pdf).

www.odetemf.org.br/concurso/celso_vasconcellos_1.doc (entrevista com vasconcelos sobre Planejamento – Revista Nova Escola).

Síntese grupo 03

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Seminário: "Níveis de Planejamento" e "Projeto Político Pedagógico"

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO – FAED

CURSO DE PEDAGOGIA

DISCIPLINA DE DIDÁTICA II

DOCENTE: BETHÂNIA GEREMIAS

ACADÊMICAS: JÉSSICA VIANA, JULIANA ROSA, NEOLI KUNRATH, SABRINA RIOS


Níveis de planejamento

Na educação escolar, podemos realizar planejamentos em diferentes níveis de abrangência. Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas.

Planejar é um processo que "visa a dar respostas a um problema, estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação, de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro”. É uma atividade que está dentro da educação, já que esta tem como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação. Planejar e avaliar andam de mãos dadas.

Planejamento do Sistema de Educação

Planejamento Educacional é o "processo contínuo que se preocupa com o 'para onde ir' e 'quais as maneiras adequadas para chegar lá', levando em consideração a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do indivíduo" (PARRA apud SANT'ANNA et al, 1995, p. 14). Para Vasconcellos (1995, p. 53).

O planejamento do Sistema Educacional é o de maior abrangência, correspondendo ao planejamento que é feito em nível nacional, estadual ou municipal. Incorpora e reflete as grandes políticas educacionais. Enfrenta os problemas de atendimento à demanda, alocação e gerenciamento de recursos.

Planejamento Curricular

O planejamento curricular é criar objetivos educacionais a partir dos colocados nos guias curriculares oficiais. Cabe a escola nesse caso interpretar esses objetivos impostos e formular seu currículo. A escola deve procurar adaptá-los às situações concretas, selecionando aquelas experiências que mais poderão contribuir para alcançar os objetivos dos alunos, das suas famílias e da comunidade.

Projeto de trabalho

É o planejamento da ação educativa baseada no trabalho por projeto. São projetos de aprendizagem, que acontece num determinado período, geralmente de caráter interdisciplinar.

Planejamento Setorial

É identificado como um plano dos níveis intermediários ou dos serviços no interior das escolas. Ele deve fazer referencia ao PPP da instituição.


Conceito de Projeto Político-Pedagógico

O projeto político-pedagógico, também conhecido como Projeto Educativo, pode ser entendido como um sistematização de um processo de Planejamento participativo, é o plano global da instituição escolar, um utensílio teórico-metodológico que serve para interver e mudar a realidade necessária. Serve para organizar e integrar as atividades do ambiente escolar. Proporciona um envolvimento coletivo de construção de conhecimento.

Ele se constitui basicamente por 3 dimensões articuladas entre si: Marco Referencial, Diagnóstico e Programação. Não é fixo pode ser mudado de acordo com a necessidade atual da escola.


Relevância do Projeto Político-Pedagógico

Sua função é de ajudar a resolver problemas e transformar a prática, [...] “é uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ação de todos os agentes da escola”. ( Vasconcellos, p. 172)

O projeto trás como benefício principais; o rigor (qualidade formal) na qual procuramos desligar o “piloto automático” ajudando a enfrentar os problemas do caminho através de uma forma reflexiva, sistematizada, cientifica e participativa. A participação (qualidade política) que ajuda no compartilhamento de conhecimento e na interação dos criadores e executores.

A ética é um valor importante para a criação do projeto, atualmente o senso comum está muito presente no meio acadêmico, dificultando muitas vezes a elaboração do projeto fundamentado em teorias, acabando por se tornar algo sem função, apenas mais um papel na prateleira. “o Projeto Político-Pedagógico, quando feito baseado numa ausência ética, é Méthodos de transformação, tendo em vista expressar o compromisso do grupo como uma caminhada” (Vasconcellos, p.173)

A autonomia em questão de Projeto Político Pedagógico, acaba deixando as pessoas ainda um pouco desconfiadas, pois há a preocupação de que essa autonomia da escola tire o dever do Estado de auxilio e responsabilidade sobre o meio educacional.

O regimento deve partir do Projeto educacional. Ele deve ser criado de uma forma abrangente que possibilite uma maior flexibilidade na reestruturação da prática, facilitando as mudanças de acordo com a realidade da escola.


Visão geral do Processo

Principais pontos de elaboração e execução: Surgimento da Necessidade de Projeto; Decisão inicial de se fazer; Trabalho de Sensibilização e Preparação; Decisão Coletiva; Elaboração - Marco referencial, Diagnóstico e Programação; Publicação; Realização Interativa; Avaliação - atualização do Diagnóstico; Reprogramação Anual; Avaliação de Conjunto; Reelaboração (parcial ou total).

A necessidade pode surgir de qualquer parte, da coordenação da direção dos professores, mais normalmente a decisão de iniciar o projeto é da direção. Mas antes que seja iniciado é necessária uma sensibilização, motivação de toda a comunidade para integra-los à tarefa, é importante essa interação para que haja um sentido no projeto. A questão da coletividade é essencial para há elaboração do projeto, não é necessária que todos os participantes dominem todas as áreas abrangentes, mais sim a equipe.


Metodologia de trabalho para a elaboração do Projeto.

Princípio Metodológico de Elaboração: Pergunta; Perguntamos para estabelecer um desafio que ele a uma reflexão, temos que lembrar que a pergunta não é neutra, ela surge através da realidade, isso nos leva a importância de fazermos a pergunta certa para obtermos resultados positivos.

Questões das Contradições Internas ao Projeto; O surgimento de contradições é normal, porém não podemos deixar de prestar atenção nelas e debatê-las antes de continuar com uma nova discussão.

Questão de Aproximações Sucessivas; o autor afirma haver varias formas de se constituir o “PPP”, as vezes as pessoas ficam presas a processos metodológicos desses e acabam se afastando do sentido do Projeto. “Preferimos um outro caminho, qual seja, a construção paulatina, o aperfeiçoamento progressivo, à medida que o grupo vai elaborando, realizando, avaliando e reelaborando seu projeto”.

Questão do tempo; não devemos nos dedicar ao perfeccionismo, e sim nas coisas possíveis de ser feitas. O tempo de revisão varia de acordo com a parte, o marco referencial deve ser revisado entre 3 e 4 anos, enquanto o diagnostico e a programação devem ser atualizada e revisadas anualmente. É importante que o projeto esteja pronto ou revisado antes do fim do ano.

Dupla necessidade: Projeto e Competência Pedagógica; O “PPP” não serve como um manual para disser qual forma de alfabetizar é a da escola, mas sim uma base teórica na qual poderemos julgar de qual forma ela é feita. “O Projeto Político-Pedagógico dá consistência, articulação e sentido de conjunto para os Projetos de Ensino dos professores”, cabe a Competência Pedagógica o referencial teórico de cada especifico de cada dimensão do trabalho.

O que pode dificultar a elaboração do projeto Politico-pedagógico? Comodismo por parte dos sujeitos; Imediatismo; Perfeccionismo; Formalismo; Mera reprodução do novo senso comum pedagógico; Nominalismo; Falta de experiência; Falta de condições, entre outros.


Marco Referencial

É a tomada de posição da instituição que planeja em relação a sua à sua identidade, visão de mundo, utopia, objetivos, compromissos. No marco referencia procuramos expressar o sentido do nosso trabalho e as grandes perspectivas para a caminhada.

O Marco Referencial é composto de três grandes partes:

1º Marco Situacional: É uma visão geral da realidade. O momento da análise da realidade mais ampla na qual a instituição esta inserida.

2º Marco Filosófico ou Doutrinal: É para onde queremos ir. È a proposta de sociedade, pessoa e educação que o grupo assume. Este processo da oportunidade tanto de explicação, quanto de debate e busca de um consenso mínimo.

3º Marco Operativo: Que horizonte queremos para nossa ação. Expressa o ideal da instituição, tendo em vista aquilo que queremos ou devemos ser (utopia meio). Devemos organizar perguntas para tendo em vista os aspectos fundamentais da vida da escola.

O Marco Operativo diz respeito a três grandes dimensões:

a) Dimensão Pedagógica: o processo de planejamento, o currículo, os objetivos, os conteúdos, a metodologia a avaliação, a disciplina, o espaço de trabalho e etc.

b) Dimensão Comunitária: os relacionamentos na escola, o professor, o relacionamento com a família, o relacionamento com a comunidade, as atividades esportivas e culturais e etc.

c) Dimensão Administrativa: a estrutura e organização da escola, os dirigentes, os serviços, as formas de participação dos trabalhadores e etc.

Como fazer o Marco Referencial:

  1. Elaboração Individual: È o momento do posicionamento pessoal dos participantes, trata-se da contribuição de cada um e de todos para melhoria da instituição.

  2. Trabalho de Grupo: sistematização das idéias expressas individualmente tendo como critério fundamental para esta tarefa é a fidelidade as idéias de origem.

  3. Plenário: È o momento da partilha dos trabalhos, do debate, das decisões e dos encaminhamentos. Tendo três aspectos básicos para análise.

1º) Fidelidade: Cada um se reconhecera no texto

2º) Técnico: Este é um texto corrente para tal parte do projeto.

3º) Conteúdo: È isto que desejamos para nossa escola.


Diagnóstico

No Projeto Político-Pedagógico, o diagnóstico é entendido no sentido de localização das necessidades da instituição a partir da análise da realidade e/ou confronto com um parâmetro aceito como válido, e não através de uma perspectiva de mera classificação ou descrição. É o resultado da comparação entre o que se traçou como ponto de chegada (Marco Referencial) e a descrição da realidade da instituição como ela se apresenta.

O diagnóstico é um olhar atento que procura identificar as necessidades radicais, e para tanto há o confronto entre a situação que vivemos e a situação que desejamos viver para chegar a essas necessidades. Para que se faça o diagnóstico é necessário ir além da percepção imediata e problematizar a realidade, desta forma é preciso coragem para enxergar a nossa realidade como ela é.

Importante estar ciente de alguns fatores que interferem na construção do diagnóstico, como a falta de clareza nos critérios para análise dos dados e falta de tempo para reflexão, entre outros.

Como fazer o Diagnóstico

1) Elaborar o Instrumento de Pesquisa: resgatar os aspectos relevantes já trabalhados no Marco Operativo (Nível Pedagógico, Nível Comunitário e Nível Administrativo); decidir quais perguntas serão feitas;

2) Aplicar: usar mesma sistemática usada no Marco Referencial: um pedaço de papel para cada resposta. Não é preciso que todos respondam todas as perguntas, apenas se desejarem.

3) Sintetizar: agrupar as respostas e elaborar uma pequena síntese em forma de redação, relacionada a cada aspecto considerado acerca da instituição.

4) Plenário: apresentar a síntese, desencadeando um processo de discussão, que tem por objetivo um consenso sobre a leitura da realidade.

5) Captação das Necessidades: trata-se da identificação e entendimento sobre o que esta por trás daquilo que vai bem e do que não vai. Examina minuciosamente a realidade e procura enxergar quais são as faltas e as carências da instituição.


Programação

É o conjunto de ações concretas assumidas pela instituição, naquele espaço de tempo previsto no plano, que tem por objetivo superar as necessidades identificadas.

O problema que se coloca é o tipo e a qualidade de ação que irá se desenvolver. Precisamos chegar a uma ação que seja de fato significativa para a instituição, o que significa dizer uma ação possível e que atenda suas reais necessidades.

Toda escola tem a programação que deve pautar em dois critérios fundamentais, a necessidades e a possibilidade da ação. As necessidades estão no diagnóstico a partir disto, refletir as mudanças possíveis, a viabilidade da execução, muitas vezes a instituição terá que hierarquizar as necessidades.

Articulação do marco referencial, diagnóstico e programação, devem atender as reais necessidades das pessoas e da instituição. Para isso tem que acontecer uma interação entre elas. Precisamos de um bom Marco referencial, o horizonte para qual se caminha, para poder fornecer critérios para análise da realidade, possibilitando fazer um bom diagnóstico, ou seja, que nos traga bem presente as necessidades que precisam ser satisfeitas, a fim de guiar a Programação, resposta prática ás necessidades, na perspectiva de se atingir a Programação.

A programação deve estar atenta às varias possibilidades de propostas de ação que visam atender as demandas, que são basicamente quatro tipos. A ação concreta, linha de ação, atividade permanente e determinação.

No final, a avaliação e reelaboração do projeto são fundamentais para a análise do resultado esperado e se há necessidade de se rever algum ponto. Feito isto, e tendo como referência as necessidades já previstas e reelaboradas, parte-se então para programação do próximo período.


VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico – elementos para elaboração e realização. São Paulo: Libertad, 2006.

Leituras para 03 e 06 de maio

Conforme combinado estou relembrando as leituras que podem contribuir para a análise das entrevistas que vocês realizaram com os professores sobre planejamento e avaliação e para análise dos planos de ensino e de aula, lembrando que para esta última deixei também no xerox um instrumento para auxiliar nesta análise e outro que poderá contribuir para a produção dos planos de ensino e de aula (compreendidos como um ensaio).

Para a aula do dia 03, é importante que vocês façam a leitura das páginas 14 a 21 do livro de Vasconcellos, e tragam esta análise pronta para ser apresentada para o grupo neste dia (importante reler o cronograma para a unidade II onde estão especificados o objetivo e as atividades deste dia e do dia 06/05).

Para a aula do dia 06, é importante que as duplas façam uma leitura atenciosa das páginas 136 a 156, em que Vasconcellos detalha e caracteriza os diferentes elementos dos planos de ensino e aula, deixando claro que são sugestões possíveis. O documento/instrumento para auxiliar nesta análise, como já falei no início desta postagem está disponível também no xerox. A leitura prévia das páginas citadas é importante que seja feita com antecedência, mesmo que este trabalho seja feito em sala.

Talvez haja necessidade de prolongar as aulas destinadas à esta unidade, para que possamos discutir sobre as análises dos planos feitas pelas duplas. Sobre isto, conversamos na próxima aula.

Espero que eu tenha sido clara, caso contrário estou disponível para dirimir dúvidas à respeito das dinâmicas, caso elas não estejam claras no cronograma da unidade II. Peço aos que lerem esta postagem o favor de repassar estas informações ou sugerir a leitura desta postagem.

Até amanhã!

Seminário: PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO FORMATIVA


Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
Centro de Ciências Humanas e da Educação – FAED
Curso de Pedagogia
Disciplina: Didática II
Professora: Bethania Medeiros Geremias
Acadêmicas: Helena Schuch, Manoella Werlich, Thamires Xavier dos Santos e Yume Koga.



PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO FORMATIVA


A avaliação é uma atividade orientada para o futuro e, por isso, o conceito de medir difere-se do conceito de avaliar. Enquanto medir se refere ao presente e ao passado e pretende fornecer informações sobre o progresso dos alunos, avaliar é entendido como uma reflexão sobre as informações obtidas para, assim, poder planejar o futuro. Existem três tipos de avaliação: diagnóstica, formativa e classificatória. Neste trabalho iremos focar na avaliação formativa, ou seja, aquela que acontece ao longo do processo e possui o objetivo de reorientação.
De acordo com Zabala (1998), a tradição educacional uniformizadora parte do princípio de que as diferenças entre os alunos das mesmas idades não são motivo suficiente para mudar as formas de ensino, porém constituem uma evidência que valida a função seletiva do sistema e sua capacidade para escolher os melhores. Entretanto, devemos partir do princípio que cada estudante aprende de uma maneira diferente e, diante desse fato, a escola possui o papel fundamental de incluir, promover o crescimento e construir cultura. Sendo assim, a avaliação formativa é concebida como promotora desses princípios, pois não pretende classificar ou selecionar, mas sim ajudar os estudantes e professores a entenderem melhor os processos de aprender e ensinar. Para que isto ocorra, a prática avaliativa não pode ser percebida separadamente do processo de aprendizagem.
A partir de uma concepção construtivista do ensino e tendo a aprendizagem como referencial/finalidade fundamental do ensino, o objeto da avaliação deixa de se centrar unicamente nos resultados obtidos. Em tal perspectiva, a avaliação centra-se na formação integral da pessoa, considerando que as experiências vividas e a singularidade de cada aluno constituem o ponto de partida para a aprendizagem. Desta forma, a avaliação não pode ser estática, ou seja, limitar-se à mera análise de resultados, pois se torna um processo constituído por diferentes fases, nas quais os objetivos, os conteúdos e a forma de ensinar (que envolvem o processo de planejamento) devem estar aliados para que se possa definir uma proposta de intervenção que favoreça a aprendizagem e o progresso de cada aluno.
A prática avaliativa ao longo do processo é aquela baseada no planejamento da avaliação, onde os instrumentos são construídos e partem das interações que se constroem no interior da sala de aula com os estudantes e suas possibilidades de entendimento dos conteúdos trabalhados. Segundo Sant’Anna (1995), para que o processo de avaliação formativa ocorra é imprescindível especificar o que se deseja avaliar, a razão por que se avalia e que utilidade possui os resultados obtidos. Em seguida, deve-se selecionar os conteúdos e determinar os objetivos que se deseja alcançar, explicitando-os aos alunos para que possam participar de maneira efetiva.
Esse tipo de avaliação possui o intuito de oferecer informações acerca das ações de aprendizagem e, por isso, não pode ser desempenhada apenas no final do processo, pois perderia sua real finalidade. Ela abrange simultaneamente processos de ensino-aprendizagem individuais e grupais e tem por finalidade ser um instrumento educativo capaz de informar sobre como cada aluno aprende ao longo da sua trajetória, para que assim, se possa lhe oportunizar propostas mais adequadas as suas necessidades. Sendo o processo o foco central dessa avaliação, a construção da autonomia do estudante é um ponto essencial, colocando não só no professor, mas também no aluno, a responsabilidade pelos seus avanços (constitui-se também num processo de auto-avaliação).
O professor não deve avaliar com o objetivo de fornecer uma nota, já que na perspectiva formativa a nota decorre do processo e não é o seu fim último. A melhor maneira para conhecermos e analisarmos o processo de aquisição da aprendizagem e o grau de desenvolvimento dos alunos consiste na observação sistemática das diferentes atividades realizadas. Para tanto, é importante levar em conta que o objetivo essencial da avaliação é “conhecer para ajudar” (Zabala, 1998, p. 209), e não conhecer para julgar.
Deste modo, para que a atuação docente possa atender às necessidades de uma formação que considere as possibilidades reais e o desenvolvimento de todas as capacidades dos alunos, é indispensável criar um ambiente de respeito, colaboração e compromisso que estejam centrados em um objetivo comum: a aprendizagem e a formação de todas as dimensões do ser humano.


Referências Bibliográficas:

BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro do. (Orgs.). In: FERNANDES, Cláudia de Oliveira. Indagações sobre currículo: currículo e avaliação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 2003.

SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como avaliar? : critérios e instrumentos. 10. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.

VASCONCELOS, Celso dos santos. Intencionalidade: palavra-chave da avaliação. Entrevista. In: Revista Nova Escola. Disponível em: . Acesso em 10 abr. 2011.

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.








terça-feira, 26 de abril de 2011

Síntese: Instumentos de Avaliação

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO – FAED
CURSO: PEDAGOGIA/ 4ª FASE
DISCIPLINA: DIDÁTICA II
DOCENTE: BETHANIA MEDEIROS GEREMIAS
DISCENTES: BRUNA NAU, ERICA GONÇALVES, MARIA FERNANDA, LEANDRO CÉSAR

Este trabalho pretende elucidar uma variada gama de instrumentos que podem ser utilizados na avaliação escolar, indicando as possibilidades e limites de cada um. Sabe-se que a avaliação não depende somente dos instrumentos utilizados, mas, principalmente, do que se pretende avaliar e para quê. Ou seja, que objetivos pretende-se alcançar no processo de ensino-aprendizagem e qual a intencionalidade da avaliação.
Nesse sentido, a avaliação deve incidir sobre aspectos globais do processo de aprendizagem, sendo processual e contínua e explorando diversos instrumentos de registro para atender as particularidades dos diferentes alunos e possibilitar que se expressem de maneiras variadas e significativas.
Através dos procedimentos de avaliação há a identificação dos problemas e avanços dos alunos e da turma e ainda, o posterior redimensionamento da ação educativa. A avaliação serve, assim, como norte para a prática pedagógica, permeando as decisões e as escolhas do professor.
Para subsidiar, com dados, essa tarefa complexa e necessária, trazemos a seguir os principais instrumentos de avaliação considerados por Fernandes e Freitas (2007) Althaus e Zanon (2008) e Sant’Anna (1995):
 prova objetiva (verdadeiro-falso, múltipla escolha, preenchimento de lacunas), que procura eliminar traços pessoais do aluno e fornecer ampla amostra de conhecimentos;
 prova descritiva, que promove a reflexão do aluno, bem como a organização de conhecimento e o encadeamento de ideias;
 prova oral, que permite avaliar a capacidade crítica do aluno e favorece o diálogo;
 prova com consulta, que tende a evitar a exclusiva memorização dos conteúdos e possibilita um aprofundamento do que é disponibilizado pelo professor;
 produções individuais ou coletivas, que visa à elaboração de conceitos pelo aluno ou grupo e a construção coletiva do conhecimento;
 portfólio (baú de memórias) e o webfólio, que é uma coletânea de produções individuais que favorecem a auto-avaliação, o registro e o acompanhamento dos processos de ensino;
 seminário, que objetiva investigar um problema, um tema sob diferentes perspectivas, propor alternativas e soluções e instaurar o diálogo crítico;
 conselho de classe, que favorece a discussão e compreensão da aprendizagem do aluno e a integração entre os professores para a atuação coletiva;
 pré-teste, que permite a sondagem para o diagnóstico e facilita o planejamento das aulas;
 auto-avaliação, prática que favorece a autonomia e o compromisso dos estudantes;
 memorial, “se constitui em uma escrita livre do estudante acerca de suas vivências” (FERNANDES; FREITAS, 2007, p.34) escolares com o intuito de ajudá-lo a refletir sobre seu compromisso, seu envolvimento e desenvolver sua capacidade de expressar-se textualmente.
 cadernos de aprendizagem, que serve para estudos paralelos, em que são registradas as dúvidas e possibilidades de avanço, favorecendo a reflexão dos conteúdos e das aprendizagens;
 diário de aula, possibilita a ação-reflexão-ação, pois através desse instrumento o professor pode fazer uma análise mais profunda de cada aluno e seu percurso escolar;
 estudo dirigido, ferramenta que envolve a discussão coletiva e também a produção individual ou grupal de um artigo sobre determinado tema.



Bibliografia

1. ALTHAUS, Maiza Margraf; ZANON, Denise Puglia. Instrumentos da avaliação na prática pedagógica universitária. Disponível em: . Acesso em 15 abr. 2011.

2. FERNANDES, Cláudia de Oliveira. Indagações sobre currículo: currículo e avaliação. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, 2007.

3. MÉNDEZ, J. M. A. Prova: um momento privilegiado de estudo não um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

4. SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? : Como avaliar?: critérios e instrumentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Conceito de Planejamento

Pessoal, segue o resumo do que iremos apresentar no seminário.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO – FAED

CURSO DE PEDAGOGIA – 4ª FASE

DISCIPLINA: DIDÁTICA II

ACADÊMICAS: CAMILA DA COSTA ANDRADE

JULIA V. TOCCHETTO DE OLIVEIRA

JULIANA PIRES

LAIS BRANDÃO

CONCEITOS DE PLANEJAMENTO

O planejamento, enquanto atividade sistematizada, emerge no fim do século XIX, fora do âmbito educacional, estando relacionada com o campo da ciência da administração. A própria Administração vai se utilizar para configurar o planejamento, de termos (como objetivos, estratégia) de um campo ainda mais distante e ancestral: a guerra!, [...]” (VASCONCELLOS, 2006, p. 27). No início do século XX o planejamento vai para além do mercado, avançando para todos os setores da sociedade, inclusive como forma de organizar uma economia. A educação não se manteve imune a esse movimento, indo buscar a essência do planejamento, de forma a incorporá-lo na prática educativa. Em diferentes momentos históricos a educação se apropriou de uma maneira particular de ver e conceber o planejamento. Segundo Magda Ott (apud Vasconcellos, 2006) podemos apontar três grandes concepções de planejamento, que se manifestam em diferentes momentos, quer sejam: a) Planejamento como Principio Prático, onde está presente uma concepção tradicional de educação, sendo o planejamento o estabelecimento de um roteiro, pelo professor, que deveria guiar suas aulas; b) Planejamento Instrumental/Normativo, relacionado à perspectiva tecnicista de educação, o foco está na formalização dos planos e à especificação de todos os componentes mensuráveis e c) Planejamento Participativo, que se vincula a uma idéia alternativa de educação, esta forma de planejar está ligada a idéia de transformação e visa à participação integral de todos, através do dialogo.

O conceito de Planejar está intimamente ligado com a dimensão humana. Em poucas palavras, planejar significa antecipar/prever ações. O planejar, dentro do âmbito educacional, está relacionado com a possibilidade de intervenção na realidade. Neste sentido o planejar estabelece uma relação entre teoria e prática remetendo a quatro questões, quer sejam: “1) querer mudar algo; 2) acreditar na possibilidade de mudança da realidade; 3) perceber a necessidade da mediação teórico-metodológica; 4) vislumbrar a possibilidade de realizar aquela determinada ação” (VASCONCELLOS, 2006, p. 36).

Segundo Vasconcellos (2006) o termo planejar, significa, no dicionário, traçar uma meta, projetar, fazer um planejamento. Planejamento, por sua vez, significa ato ou efeito de planejar ou ainda trabalho de preparação, o que, segundo o autor, demonstra o caráter restrito do planejamento, sendo que este vincula a elaboração e a realização, tratando estas duas dimensões como indissociáveis. O Plano assume, nesta perspectiva, uma amplitude, sendo este o resultado de um processo (planejamento). Neste sentido o planejamento se apresenta como construção-transformação de representações, sendo uma mediação teórico-metodológica para a ação, que é intencional e consciente (VASCONCELLOS, 2006).

São três os principais pontos em que se diferenciam o Planejamento do Plano. O Planejamento, basicamente é um processo individual que ocorre na forma de reflexão/internalização do que será feito em algum momento do dia. Quando estas idéias, diz-se estar fazendo um Plano, ou seja, Plano é o Produto do Planejamento. No Planejamento se pratica a tomada de uma decisão, enquanto que o Plano, nada mais é, do que o resultado desta decisão seja em forma de registro escrito ou não. Por fim podemos dizer que o Planejamento é um processo continuo, porém de caráter limitado, já o plano se caracteriza por ser provisório enquanto produto.

Para Vasconcellos (2006), a elaboração de planejamento constitui-se por três dimensões, são elas: Realidade, Finalidade e Plano de Mediação. A dimensão Realidade trata-se do conhecimento da realidade a qual se vai transformar. Essa dimensão exige uma atividade reflexiva Cognoscitiva, ou seja, reflexão de uma realidade presente, que não traz em si uma exigência de ação. A Finalidade refere-se aos objetivos almejados e requer uma atividade Teleológica, que remete a uma imagem do futuro, do resultado a ser alcançado. O Plano de Mediação é a previsão das ações, ou seja, o caminho a ser seguido para alcançar a finalidade e requer uma atividade Projetiva Mediadora, que seria a representação mental do percurso a ser traçado, a metodologia, a ocupação de tempo, espaço e recursos. A relação entre as três dimensões é dialética, portanto, “uma supõe, nega e supera as demais”. (VASCONCELLOS, 2006, p. 86)

REFERÊNCIA:

VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico.São Paulo: Libertad Editora, 2006.


sexta-feira, 22 de abril de 2011

OS SABERES PEDAGÓGICOS A PARTIR DA SÍNTESE DA UNIDADE I

Os saberes pedagógicos mais relevantes para a construção do professor não podem ser generalizados a todos os docentes. Posso aqui expressar, de acordo com as leituras recomendadas na disciplina de Didática II, as percepções significativas que eu considero indispensável à atividade do profissional de educação.
O saber necessário que eu, como futura educadora, defendo é o SABER O CONTEÚDO A SER MINISTRADO. No meu ponto de vista, os assuntos transmitidos (ou mediados, de acordo com a filosofia de pensamento) devem ser bem estudados e pesquisados. É preciso que o docente faça uma leitura aprofundada, conheça bem as críticas e transmita uma segurança aos alunos.
Outro saber, ao meu entendimento, válido para o professor é o SABER ENCANTAR aos alunos no momento da aula. É o “transbordar” de histórias para contar. Trata-se de uma estratégia que tem por objetivo principal trazer os discentes para o universo da leitura e do descobrimento de novos entendimentos. Possibilitar o acesso ao conhecimento historicamente construído, para que o indivíduo conheça o passado, necessário para modificar o presente (ou o futuro).
Os saberes
[1] apresentados na leitura dos textos de Pimenta (2002), Leal e Medeiros (meio eletrônico), Perrenoud (2002), entre outros da Unidade I da disciplina de Didática II, são pautados em uma perspectiva das competências e habilidades. Ou seja, trata-se de uma tendência neoliberal de flexibilização e adaptação aos instrumentos do Capital, ideologia totalmente contrária à pedagogia de Freire.
Há uma apropriação indevida dos conceitos de Paulo Freire em relação à formação do sujeito crítico ao fundamentar o desenvolvimento das habilidades cognitivas e comportamentais nas bases teóricas desse autor. A escola pensada sob a ótica do empreendedorismo deve ser bem delimitada e distanciada da afirmação de Freire de que educação não é só pedagogia e sim um ATO POLÍTICO.











[1] Um exemplo é o “saber da experiência”, que é abordado, em formatos diferentes, por todos os autores acima mencionados.

COMPLEMENTO DA RESENHA DA “PEDAGOGIA DA AUTONOMIA” DE PAULO FREIRE E O APROFUNDAMENTO DAS CRÍTICAS ÀS INTERPRETAÇÕES EQUIVOCADAS

Inicio este parágrafo para explicar que se trata de um complemento à resenha do livro da “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire, solicitado na disciplina de Didática II, das questões levantadas a respeito da apropriação indevida, da superficialidade da leitura da obra e das interpretações equivocadas que são feitas por profissionais da educação.
A resenha solicitada, de acordo com as orientações, deveria seguir um roteiro proposto e escrito em duas páginas. O que justifica o fato do não aprofundamento de questões como: superficialidade da leitura, interpretações equivocadas e relação com autores sugeridos na Unidade I cuja ideologia se pauta no construtivismo e na difusão do empreendedorismo.
Sobre a superficialidade da leitura que levam às interpretações equivocadas da perspectiva de Freire sobre educação, penso que o antídoto eficaz para a compreensão clara da obra dele está justamente em CONHECER O CONTEÚDO A SER MINISTRADO, com profundidade suficiente para saber que as ideologias das competências e das habilidades vão de encontro à concepção política de educação de Paulo Freire.
Thereza Bordoni, Regina Barros Leal, Regis Medeiros e Pedro Demo deixam evidente sua orientação para a pedagogia das competências e habilidades, fundamentada na Revista Nova Escola e em Philipe Perrenoud, que estão voltadas para o empreendedorismo da educação. Ou seja, o professor deve ser flexível, apto às transformações tecnológicas e um disseminador da educação que prepara para o mercado de trabalho competitivo.
No livro de Paulo Freire “Pedagogia da Autonomia” há uma nota de rodapé no item “1.2 – Ensinar exige pesquisa” em que ele escreve: “Fala-se hoje, com insistência, no professor pesquisador. No meu entender o que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque professor, como pesquisador.”
Como se pode perceber não há como escrever em duas páginas um aprofundamento das críticas à superficialidade da leitura das obras de Paulo Freire e na resultante interpretação equivocada da sua perspectiva de educação como ATO POLÍTICO, já que os autores Pedro Demo, Regina Leal, Reis Medeiros e Selma Pimenta não partilham das ideias propostas por Paulo Freire.
Como acadêmica de Graduação, no papel de aluna e aprendiz, meu discurso se limita a questionar os pontos que me trazem dúvidas ou que ficaram incompletos para a compreensão do conteúdo ministrado. Para entender melhor a diferença entre as diferentes correntes pedagógicas será preciso um aprofundamento da leitura de Paulo Freire, bem como sua orientação política.
Afinal, não importa quando ou como, o importante, como docente ou futuro docente, é se apropriar corretamente nos conceitos historicamente construídos.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ensino Fundamental de Nove anos

Em função de algumas questões e curiosidades levantadas por um dos grupos na aula de hoje, pesquisei alguns textos que podem auxiliar na compreensão desta nova organização do Ensino Fundamental para os que pretendem se aprofundar um pouco no tema.

Guia do Ensino Fundamental de 9 anos:

http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/legislacao/prepare-se-novo-aluno-esta-chegando-496498.shtml

Em um dos links, pode-se ter acesso aos documentos do Mec referentes à esta temática, como por exemplo:

ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: ORIENTAÇÕES GERAIS

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/noveanorienger.pdf

Pensando nos planos de ensino e de aula, seria interessante ver também o tópico do site na Nova Escola

A elaboração de um bom currículo para o Ensino Fundamental de 9 anos


No final da página são apresentados links para orientações que podem auxiliar na reflexão e elaboração de planos que envolvem as áreas de conhecimento: