Professora da disciplina

Professora Bethania Medeiros Geremias

Participe das discussões, comente, reflita, avalie, se auto-avalie, critique, opine, sugira... Este blog é nosso! Um espaço de ensino-aprendizagem coletivo. Estamos todos aprendendo e ensinando sempre, não esqueça disso!
"A palavra progresso não terá qualquer sentido enquanto houver crianças infelizes". Einstein

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." Paulo Freire

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Minhas concepções de professor

Na primeira vez que pensei em ser professora (algo em torno dos 7 ou 8 anos de idade), para mim o professor era aquele tinha o privilégio de utilizar o quadro negro enquanto dialogava com seus alunos (O quadro negro era tudo!!). Depois disso já mudei de "profissão" (idéia) diversas vezes indo de detetive à atriz, entre outros.
Durante o ensino médio retorna a idéia de ser professora, compreendendo esse sujeito como aquele amigo dos jovens (no caso do ensino médio) que os guia no caminho do conhecimento para suas conquistas futuras (vestibular).

Agora, depois de três anos no curso de pedagogia, dizer o que significa ser professor se tornou uma tarefa mais complicada e delicada, considerando que isso reflete, de alguma forma, os princípios que norteiam meus pensamentos e práticas e, estes, são constantemente repensados.
Contudo, penso que existe um valor essencial que deve-se embasar toda prática docente: RESPEITO
Respeito ao saber falar e principalmente ouvir;
Respeito à diferença: Saber que todos somos diferentes e ainda assim temos os mesmos direitos. Temos gostos, crenças, desejos, ritmos/tempos, cores, habilidades e muitos mais aspectos diferentes, e isso deve ser respeitado dentro e fora da escola. Portanto, o professor/a desempenha importante papel na construção do respeito mútuo.

Os maiores exemplos de respeito em sala de aula foi vivido por mim aqui dentro do curso de pedagogia da FAED através de professores que se tornaram grandes referências para mim enquanto docentes e seres humanos. São alguns deles: Tito Sena, Tânia Welter, Caroline Kern, José Cláudio (embora haja controversas, o que renderia uma outra discussão, rs). Vale considerar que todos os professores foram e continuam sendo muito importantes para mim, cada um com sua contribuição. Mas sempre há aqueles que nos deixam uma marca mais profunda.

Nesse sentido, o "mau" professor/a para mim é aquele/a que não estabelece o respeito como base para suas ações e falas.
Posso dizer que tive sorte durante minha escolarização, pois são raras as más lembranças que tenho em relação aos meus professores. Na 4ª série, tive duas professoras. Uma delas era um amor, mas a outra era muito grosseira e me deixou com certa aversão à escola durante aquele ano, mas...

...sobrevivi e aprendi muito com ela também, mesmo que parte desse aprendizado seja a respeito do que eu não quero para a minha docência.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ser professor...

Acredito que todos, pedagogos ou não, saibam o que é ser professor; cada um a sua maneira é também um educador, ensinando e aprendendo ao longo da caminhada.
O processo de aprendizagem acontece muito além da sala de aula e encontra-se presente em nosso dia a dia, em pequenas descobertas que são passadas adiante.
O "bom professor" entende que não é o protagonista da história, permite-se aprender com os acontecimentos vivenciados e as experiências adquiridas; conquista sua plateia através de seu talento, sem utilizar métodos autoritários ou inquestionáveis. O "bom" professor capta a essência do aprender e a cada novo aluno que ensina, torna-se um novo professor.
Tive bons exemplos de professores durante minha trajetória escolar; não há algum em especial, porém, um pouco de todos, com suas contribuições e significados.
Um "bom" professor pode transformar-se em um "mau" professor ao deixar esquecida a alegria de estar em sala; quando não mais o deixa feliz o pequeno aprendizado conquistado por seu aluno. O "mau" professor, nada mais é, do que um professor "morto", que não mais faz questão de lembrar o quanto é importante e essencial na vida de muitos e comporta-se como alguém que apenas utiliza seu conhecimento como ferramenta de sustento.
Maus professores também tive, que não os teve? É através do contato com os "maus" professores que valorizamos os "bons".
Minha identidade profissional está em processo de construção, de forma que ainda busco ferramentas e conhecimentos que contribuam para meu próprio entendimento do profissional que desejo ser. A experiência me trará base para a teoria tornar-se prática, procurando realizar em sala um processo de conhecimento que permita aos meus alunos o prazer da aprendizagem e me permita também o prazer de aprender sempre mais.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

COMUNICADO: Datas importantes

Oi pessoal!


Para quem veio e para quem não veio no dia 25/02. Solicito aos que vieram à aula que comuniquem os colegas que não vieram caso tenham contato com eles.


1. Última data de postagem da atividade I no blog  - 04/03 - Sexta-feira (após esta data não serão consideradas as alterações, somente se eu considerar necessário após ler todos os trabalhos)


Observação: O texto da atividade I deverá ser entregue também em suporte fixo, ou seja, em papel. O texto digitado deverá ser entregue também no dia 04/03. Assim, vocês devem não somente postar o texto, mas entregar para mim uma cópia digitada, contendo o nome de vocês, a disciplina, a data, etc. (Cabeçalho)

2. Fichamento do artigo de Selma Garrido Pimenta (que será trabalhado dia 01/03), contendo os pontos que coloquei no quadro - 01/03 - Terça-feira (Dia da aula expositiva dialogada).

Quem não veio no dia, informe-se com colegas, pode ser feito em dupla. Somente será aceito em outra data com devida justificação.

Não esqueça de colocar a referência no fichamento!

PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores: identidades e saberes da docência, pp. 15-34. In: PIMENTA, Selma Garrido.Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 2002.

Tia Sim, e por que Não?!

"Para ser grande, sê inteiro: nada

Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada cousa.

Põe quem tu és

No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive."


(Fernando Pessoa na pessoa de Ricardo Reis)





Ser professor é, assim como o poema de Fernando Pessoa, ser inteiro. É estar atento às metodologias e ter uma sólida fundamentação teórica ao mesmo tempo que percebe as particularidades de cada aluno dentro da unidade da turma.

Para ser professor, além de um fluxo contínuo de aprendizagem, pesquisa e estudo, é preciso habilidades para lidar com as mais sutis diferenças de pensamento e, principalmente, paciência para saber que a educação, no sentido amplo, pode ser um processo longo e demorado.

São muitos os professores que conheci... e em alguns me espelho e recomponho minhas forças quando penso em desacreditar na educação. São os professores movidos a paixão pelo que fazem e que vivem o momento de dar aula que deixam marcada a minha vontade de ser também docente. Esses professores, que parecem estar em um palco encenando sua melhor representação para um público sedento de histórias e emoção, é que fazem sucesso lá dentro da minha alma.

E o que poderia ser dito de um mau professor? Talvez fossem bons arquitetos ou engenheiros famosos se não tivessem optado pela licenciatura. O que faz com que um profissional da educação não seja tão bom é não ter nenhum dos elementos citados acima e seja esquecido naquele lugar chamado: "limbo dos professores"...

Desejo encantar meus alunos, trazê-los ao meu universo e transitar pelo pensamento deles. Quero despertar meus alunos para as inúmeras viagens à literatura, ciência, astronomia, história, geografia, entre tantos outros lugares da educação. E que eles aprendam a buscar suas informações sozinhos se continuem a se interessar pelo conhecimento ao longo de suas vidas.

Talvez este texto soe infantil, inocente e sonhador. Tudo bem! Afinal, ao professor é permitido ousar o suficiente para ter a liberdade de ser otimista e de acreditar no sonho de mudar desigualdades sociais existentes.


Erica Gonçalves (tia sim, e por que não?!)

Uma música....

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança

Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar

Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade

Composição Chico Buarque - Fonte: http://www.letras.terra.com.br/chico-buarque/85939/
Ser professor é ser um profissional como outro qualquer que exige empenho, comprometimento e meios para se realizar. Não sei o porque os cursos de formação de professores, sobretudo os de Pedagogia, mais se parecem cursos preparatórios de "canonização/beatificação" dos aspirantes ao título de professor. Pode ser que tal fato se deva ao anseio da classe em retomar as épocas áureas de prestígio social e econômico, por meio da morigeração física e mental de si próprio e posteriormente dos outros. Sempre tenho uma sensação de que estamos sendo preprarados para uma "missão" e que somos responsáveis pelo sucesso ou fracasso escolar de crianças, jovens e adultos, como se fôsssemos o princípio e o final das práxis educativas...
Não falarei aqui sobre o bom e o mal professor, mas sim sobre práticas pedagógicas boas ou ruins. Práticas pedagógicas e educativas positivas: aulas que incentivem a participação de todos nas discussões dos conteúdos, instigar a curiosidade, utilização de meios alternativos de exposição e avaliação de conteúdo, tais como: aulas extra sala (museu, praia, morro, teatro, pátio, praça). Porém a mais positiva é quando o professor é condizente com o seu plano de ensino (pelo menos!), não variando-o conforme o seu humor. Práticas pedagógicas e educativas negativas: aulas meramente expositiva (meu! é um saco ficar ouvindo alguém falar por horas) sem a participação e/ou co-participação, aulas baseadas em leituras em voz alta do texto (meu DEUS!!!! Socorro!!!), também é muito negativo passar uma bibliografia para a aula e não discutir o texto efetivamente, ficar no enrolation e (pior!) depois cobrar como matéria dada.
Enfim, quero que minha prática pedagógica e educativa seja condizente com os meus ideais de educação e sociedade.
Leandro César
4ª Fase Pedagogia
FAED/UDESC

Máscaras


Questão: Qual o significado de ser professor? Que competências e habilidades os professores devem ter para exercer a profissão?
O que seria para você o "bom" professor? Dê exemplos de estórias vividas, professores que você teve.
E o "mau" professor? Que atributos poderiam justificar as imagens que vocês têm do "mau" professor? Dê exemplos reais e vividos.
Que professor você deseja ser? Lembre-se que esta é uma importante reflexão a ser feita durante o processo de construção de sua identidade profissional.
Falar o que significa ser professor é uma tarefa complicada pra mim, ainda mais depois de tantas reflexões nos últimos semestres. Existem várias concepções e elas são tão tentadoras, muitas vezes tão maquiadas que, a princípio, acabam nos conquistando - às vezes por tempo demais até.
Ser professor pra mim é, primeiramente mediar, socializar, transmitir valores e resignificá-los dentro de nós mesmos. É, de certo forma conduzir, porque afinal não somos neutros e sempre possuimos uma intencionalidade em qualquer ação... ou omissão. Ser professor é também fazer refletir, é informar, é cuidar, é proteger -sem superproteger, abstraindo ou ocultando algumas verdades.
Mas agora, que habilidades devemos ter? Boa pergunta! E aposto que depois que todos contribuirem teremos ótimas respostas, sendo que boa parte delas vai divergir.
A imagem que coloquei representa justamente o que não gostaria de ver na educação. Máscaras. Elas são bonitas muitas vezes, mas o problema é que são falsas, não condizem com a verdade, só ocultam uma ideologia ou alguém por trás... e uma hora ela cai.
Então, acredito que o principal é ser coerente e fiel aos seus saberes, às suas convicções e aos seus valores -não que eles não venham a mudar ao longo do tempo, nem que nós não sejamos muitas vezes contraditórios; mas enquanto uma ideia estiver fixa em sua mente, que ela também se fixe na sua prática. E que façamos o exercício contra a hipocresia. Sem imitações, CtrlC CtrlV de outrens, sem fingimentos. O exemplo não consiste só no discurso e uma hora os alunos percebem.
Pra mim ser um bom professor é ser autêntico. É claro que deve sempre conhecer outras práticas e questionar as suas, mas é necessária essa verdade na práxis. Esperança, comprometimento, reflexão, ética, organização, criatividade... acho que tudo vai se ajeitando se você for sincero consigo mesmo, aceitando seus erros e tentando superá-los.
Tive ótimos professores que me ensinaram o que haviam dito que ensinariam... e tive excelentes professores que me ensinaram o que eu precisava aprender. Professores "maus" acho que não existem porque sempre ensinam algo para seus alunos- até mesmo como não ser um professor.
Espero isso de mim. Que eu seja uma boa professora, longe de mim querer ser uma professora ruim. Espero que eu reflita, que ouça, que estimule, que seja querida pelos alunos obviamente e, principalmente, que não me vista com nenhuma máscara, sendo sincera e verdadeira em tudo que fizer.
...provavelmente ainda vou mudar muito de opinião. Que a Didática 2 me faça re-refletir sobre minhas verdades. Vamo que vamo.

Saberes da experiência I

Ser professor é a ter a capacidade de transferir e criar conhecimentos junto aos alunos. O profissional deve ter a habilidade critica-reflexiva, ser capaz de transformar seus alunos não só em receptores de informações e conhecimento, mas também criadores desse conhecimento.
Bom professor é aquele que consegue ao mesmo tempo a habilidade de dominar a turma (no sentido de ter respeito por parte dos alunos e não medo) com seriedade e ter o carisma e a forma de repassar aos alunos tudo o que é necessário. Minha professora da 4ª série é um exemplo de uma "boa" professora, ela era dinâmica, todos a respeitavam, ela não precisava ameaçar a turma para ter sua atenção, além de tratar cada aluno com sua particularidade e dificuldade no aprendizado.
Mau professor, rigoroso, acha que seu conhecimento é superior ao do aluno. Ou aquele que não da muito importância ao conhecimento que esta sendo adquirido pelo aluno, apenas se importa em cumprir com o cronograma. Minha professora de química do 3º ano não ligava para a bagunça da sala, não cobrava conteúdo, apenas estava lá transferido o que ela sabia, sem se importar em construir nada.
Que professor pretendo ser? Nunca pensei nesse assunto pois ainda não tenho certeza que irei seguir a profissão, mas talvez eu queira ser como minha professora da quarta série, pois foi ela quem mais marcou na minha "vida educativa".
Qual o significado de ser professor? Que competências e habilidades os professores devem ter para exercer a profissão?
O que seria para você o "bom" professor? Dê exemplos de estórias vividas, professores que você teve.
E o "mau" professor? Que atributos poderiam justificar as imagens que vocês têm do "mau" professor? Dê exemplos reais e vividos.
Que professor você deseja ser? Lembre-se que esta é uma importante reflexão a ser feita durante o processo de construção de sua identidade profissional.


Ser professor na minha opnião é indicar o caminho como cada um tem para seguir.
Para ser professor é preciso saber dividir suas experiências , seus saberes suas práticas e conhecimentos teóricos .
Para ser um bom professor é respeitar o momento de cada indivíduo, dar instrumentos que proporcione ao aprendiz para questionar e responder . Um professor que me marcou bastante no período do ginásio ( 7 e 8 série ) foi um professor de matemática que ao me fazer efetuar muitos exercícios no quadro durante a aula como sua secretária,tinha que ao mesmo tempo realizar o exercício , ouvir as perguntas dos outro e ir fazendo os passos que o professor indicava.
O mau professor não se prepara para enfrentar a batalha diária, se acomoda nas vivências passadas e desiste de mostrar o caminho. Como exemplo temos profissionais que devido a fatores mútiplos de desmotivação, acomodação , não questionamento e rigidez burocrática, acaba por desistir da causa, devido aos meios.
Um exemplo de um mau professor que me ocorre , tive quando , minha filha cursava a quarta série primaria e a professora ao ensinar matemática insistiu que eles só utilizar a maneira que foi explicada em sala de aula e que¨ outras maneiras de resolver o problema , lhe daria muito trabalho na correção¨
Quero ser um professor comprometido com a causa , que respeite a individualidade de cada ser e que ao mesmo tempo desperte a curiosidade do querer saber e poder mostrar o caminho para cada aluno.
Ser professor não é talvez o que pode se chamar de tarefa fácil. O professor, independente da faixa etária ou local que trabalha, é o responsável pela maior parte do desenvolvimento daqueles alunos durante o período escolar. Quando se é professor se tem o compromisso de lidar com as outras vidas que são postas em suas mãos. O saber lidar com cada uma delas resulta em algo positivo ou não.
Lembro-me da época em que morava na minha cidade natal, Brasília, e estudava em um colégio público. A primeira impressão que eu tive do professor B* era a de que ele era durão, fechado, autoritário, apenas pelo fato de não tolerar conversas em sala, ser menos risonho do que os outros, etc.
Com o passar do tempo, fui conhecendo melhor o professor B* e ví que ele não era nada daquilo que eu pensava. As aulas eram interessantes, o conteúdo prendia nossa atenção. Mesmo com aquela personalidade marcante, ele conseguiu conquistar a todos os alunos e a mim também, me tornando uma admiradora do trabalho dele.
Apesar de sempre citar este exemplo, não foi só uma vez que aconteceu comigo. Durante toda a minha vida acadêmica passei por situações do tipo, e hoje, já trabalhando na área da educação, eu vejo o quanto as vezes parecemos "maus" para os alunos apenas por não estarmos em um bom dia, não ter a dinâmica que se tem diariamente com eles, etc.
Na minha concepção o que diferencia um "bom" e um "mau" professor é o método de ensino. Se for um professor mais dinâmico, independente de sala, for um professor que dê uma aula boa, que tenha uma maior interação com os alunos, que passe confiança, esse sim é um ÓTIMO professor. Claro que, sempre lembrando: não adianta ter um bom método de ensino se o conteúdo e as propostas não direcionam a aula positivamente.
Tem professores que tem o método e toda a técnica, mas não têm interação alguma com os alunos. Um professor para ser BOM numa sala de aula, tem que no mínimo ter uma relação com as outras vidas que estão ali dentro. Cada um têm que ser tratado e visto de uma maneira específica e individual. Há vários casos em que os alunos são vistos como números, massa, e isso além de desmotivar os mesmos, torna o trabalho do professor ruim.
Pelo trabalho que eu venho desenvolvendo a 1 ano com a minha turma, eu vejo o retorno que eu tenho deles e dos pais deles. Um retorno positivo das coisas que eu faço. Não mudaria em nada o meu jeito de ser numa sala de aula. Se meu dia estiver muito bom, ou muito ruim, estou sempre com um sorriso no rosto, pronta para ajudar. Sei que cada um ali dentro é diferente e especial. Trato cada um dos meus alunos de uma maneira que eles me transmitam como devo agir.
Pretendo continuar seguindo essa linha, com aulas bem variadas e com disposição para que eu faça um grande trabalho na minha vida e possa, junto com ele crescer cada vez mais e mais. Novos desafios virão, e com eles a minha total dedicação.


* Nome fictício para preservação de imagem
Ser professor é se colocar como aprendiz e mestre, estabelecer uma relação de troca com seus alunos, contribuindo de maneira significativa para o seu crescimento intelectual, emocial, social e político. Se situar no mundo como ator político, compreender as dimensões sócio-politícas em sua volta e, nesse sentido, construir uma prática pedagógica intencional, transformadora.
Para ser um educador se faz necessária a escuta, a compreensão do aluno e de suas necessidades, uma visão crítica da sociedade e das relações humanas, assim como a apreensão dos conceitos, teorias, métodos e conteúdos que constituem os conhecimentos das áreas específicas da educação.
O “bom” professor é aquele que nunca está pronto, se coloca como ser em construção. Estabelece sua prática a partir da reflexão constante e de sua reavaliação, adequando-a às necessidades de seus educandos. É aquele que faz de suas aulas uma relação de troca com os alunos e que nesse processo contribui para seu amadurecimento intelectual, instigando-os a conhecer, refletir sobre o que leem e a tornarem-se seres humanos críticos em busca da transformação, da intervenção no meio em que vivem. Um exemplo pessoal de bom professor foi uma professora que tive no ensino médio que procurava envolver os alunos em temáticas polêmicas como a homossexualidade e o consumo de drogas, desconstruindo preconceitos, mediando o debate entre os alunos e contribuindo para que houvesse o envolvimento e a construção de ideias e opiniões fundamentas não no senso comum, e sim no aprofundamento dos temas a partir de leituras e debates direcionados.
Já o “mau” professor, é aquele que trava com seus alunos uma relação de superioridade, desconsiderando suas iniciativas, seus conhecimentos prévios e suas expectativas em relação à prática pedagógica. Não são consideradas as especificidades dos estudantes. E sua prática é permeada pelo conformismo e pelo reforço às noções do senso comum, ou seja, não há interesse nem comprometimento com a constestação do que está posto e com a mudança.

"Saberes da Experiência"




"Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Más há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isso não tem importância. O que interessa mesmo não é à noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."

(William Shakespeare)




Acho que partindo desse trecho de William Shakespeare posso tentar significar o que é ser um professor, sujeito esse movido pelo amor, pela esperança e principalmente: movido pelos sonhos!
Acredito que ser professor vai muito além de uma profissão. É dedicar seu tempo e parte da sua vida ao próximo. É indicar o caminho a seguir desejando ver sempre o crescimento pessoal e intelectual do outro e tomando isso para si como objetivo a ser conquistado todos os dias. Ser professor é ter amor pelo que faz, é ver a educação como uma arma capaz de enfrentar batalhas grandiosas, é ter sempre ao seu lado a esperança na vitória.

Para ser considerado um professor competente e hábil é necessário essencialmente três coisas: amor pela profissão, conhecimento e força de vontade. Três necessidades que caminham juntas, sem nenhuma hierarquia.
Se formos refletir o que seria um bom e um mau professor, creio que o primeiro seja aquele que não apenas transmite o conhecimento, mas sim aquele que ajuda em todo o processo de desenvolvimento desses saberes. Esse professor aguça a curiosidade dos alunos, conhece e compreende suas particularidades e está sempre disposto a ajudar.

Já o segundo, muito conhecido atualmente, seria o mau professor. Acredito que o mau professor nem sempre tenha sido assim. Percebo que muitos se tornam por uma sucessão de fatores, principalmente ao perceber que essa batalha pela educação é muito difícil, que deve ser conquistada dia a dia. Assim, esses docentes foram se deixando dominar pelo sistema, pela rotina, pelo cansaço e definitivamente deixando de ter o que realmente move essa profissão: o amor. Partindo disso, eles tornam-se autoritários, desanimados, não se dedicam mais a prática docente, ou seja, deixam de ser o "bom professor".

Ao pensar na minha futura atuação, em que professor eu desejo ser, me recordo de John Dewy que acredita que "a meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento, refinamento". É isso que eu vivo todos os dias, um processo de amadurecimento. Serei movida sempre pelo desejo de conhecer, desejo da curiosidade, pela esperança e principalmente pelo amor, sentimento esse que é capaz de tudo. Muitos dizem que tenho uma visão muito romântica da educação, que esse meu pensamento sobre o amor, que ele pode tudo é uma utopia.. Mas sinceramente sou movida por ele e é com ele e com todo o conhecimento que irei adquirir diariamente que conseguirei fazer a diferença!

Saberes da Experiência

Qual o significado de ser professor? Que competências e habilidades os professores devem ter para exercer a profissão? O que seria para você o "bom" professor? Dê exemplos de estórias vividas, professores que você teve. E o "mau" professor? Que atributos poderiam justificar as imagens que vocês têm do "mau" professor? Dê exemplos reais e vividos. Que professor você deseja ser? Lembre-se que esta é uma importante reflexão a ser feita durante o processo de construção de sua identidade profissional.

Ser professor é, sobretudo, ter amor pelo que faz. É contribuir significativamente para o desenvolvimento de todas as dimensões do ser humano. É compreender as necessidades dos educandos, respeitando o tempo de aprendizagem de cada um. Ser professor, é ter consciência de que através de uma prática pedagógica reflexiva e transformadora é possível criar um mundo mais justo e humano...
O "bom" professor é o que está sempre prestes a despertar no aluno o gosto, a curiosidade pelo conhecimento, tornando-o em algo prazeroso. É aquele que não despreza, mas, sim aquele que sabe reconhecer e valorizar a experiência que o educando já possui. O "bom" professor participa ativamente do processo de ensinar (e também de aprender), procurando reavaliar, constantemente, a sua prática docente. Este, luta para que todos possam ter direitos iguais, incentivando-os a ter uma visão mais crítica da realidade na qual estão inseridos.
A professora que me deu aula nas séries iniciais foi muito marcante na minha trajetória educacional. Tenho fortes e boas lembranças dela, pois estava realmente comprometida com o que fazia. Dava muita atenção aos questionamentos dos alunos e sabia trabalhar com os conteúdos de forma dinâmica e envolvente. Sua maneira de ensinar era o que mais me chamava atenção e aguçava minha curiosidade.
Em contrapartida, o "mau" professor é aquele que age de maneira autoritária com seus alunos, não dando abertura à novas possibilidades e experiências. "Mau" professor é aquele que age sem ética, que não sabe ouvir, nem dialogar. O "mau" professor acha-se superior aos educandos e não atua de maneira intencional. É aquele que não acredita num futuro melhor...
Tive um professor de física no ensino médio que explicava muito bem o conteúdo, no entanto, agia de forma bastante autoritária em sala de aula, não dando abertura aos alunos. Lembro que mal podíamos nos mexer na cadeira, sequer conversar com o amigo do lado, que ele já abria o seu diário de notas e tirava um ponto na média. Tal situação fez com que muitos perdessem o interesse pela sua matéria e, consequentemente, gerou um distanciamento entre os alunos e o professor.


Enquanto ser "inacabado", busco ser uma profissional e, sobretudo, uma pessoa mais aberta à diversidade e à experiência que os educandos possuem. É importante valorizar e respeitar as diferenças, pois cada um traz consigo suas especificidades e sua(s) maneira(s) de enxergar o mundo.
Considero o processo de troca e interação extremamente essencial, pois, como diz Paulo Freire: "ensinando também se aprende".
Estamos em constante processo de formação...

Diante de realidades presentes...


Ser professor é ter comprometimento. Pensar não somente no hoje, mas também no amanhã. Ensinar e aprender. Ser companheiro, orientando e educando. O "bom professor" é aquele que ama a sua profissão, que sabe trabalhar e ter paciência com as diferenças e as dificuldades de cada aluno. Ser um "bom professor" também é ser crítico e despertar no aluno a curiosidade do aprender. Lembro que há uns 10 anos atrás, quando cursava a terceira série, tinha uma professora que hoje merece toda a minha valorização por ser uma educadora de competência, pois era uma profissional comprometida que despertava nos alunos uma visão ampla que ultrapassava a sala de aula, e fazia com que eu me sentisse segura para alcançar tudo aquilo que almejava. Adriana era o nome dela; exigente, criativa, amiga, inovadora, crítica e respeitadora das opiniões e das dificuldades de cada aluno; essa caracterizada por mim como uma ótima professora.

Como nem tudo é bom, também há o "mau professor", aquele que se sente superior, seguindo sua lógica rígida e intolerante. Não possui confiança no que fala e no que faz, e assim não age com flexibilidade em relação as suas atitudes e decisões. O "mau professor" também é aquele que não se atualiza e não mostra uma postura crítica diante dos conteúdos. Ao caracterizar a minha opinião sobre o que é ser "mau professor", me recordo de um professor de matemática que tive no ensino fundamental, a disciplina já era vista por muitos como "assustadora", porém a postura do professor também era marcada por muitos defeitos; destacando seu mau humor, sua intolerância e a impaciência que o mesmo tinha com os seus alunos. O pior de tudo é que ele tinha um ótimo conhecimento na disciplina de matemática, mas isso não era o suficiente, pois ele não conseguia transmitir o conhecimento e sequer se mostrava aberto a preparar uma aula dinâmica para que os alunos conseguissem uma troca e uma absorção significativa do conteúdo.

Hoje cursando a quarta fase do curso de pedagogia, e me deparando com a pergunta "que professor você deseja ser", reflito consciente de que esta resposta será fundamentada considerando que estou em um processo de formação e construção de uma identidade, onde tudo é válido, mas muitas vezes repensado também. O certo é que desejo ser uma professora amiga, companheira, disposta e comprometida com o ato de ensinar e aprender. Exigente, porém aberta e respeitadora dos limites que cada um possui. Enfim, o que mais espero é instigar e desafiar meus alunos, para que esses triunfem em busca de conhecimento e formem uma postura crítica em relação às tamanhas interrogações que aparecem ao decorrer da vida.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Atividade I

Esta será a primeira atividade a ser trabalhada no blog, a qual denomino "saberes da experiência". Outras atividades semelhantes serão feitas para que possamos levantar as representações dos alunos sobre os temas abordados na disciplina de Didática II.

Saberes da experiência I - referente à UNIDADE I
Qual o significado de ser professor? Que competências e habilidades os professores devem ter para exercer a profissão?
O que seria para você o "bom" professor? Dê exemplos de estórias vividas, professores que você teve.
E o "mau" professor? Que atributos poderiam justificar as imagens que vocês têm do "mau" professor? Dê exemplos reais e vividos.
Que professor você deseja ser? Lembre-se que esta é uma importante reflexão a ser feita durante o processo de construção de sua identidade profissional.

P.S.:

Esta atividade será realizada na Sala de Informática, quando começaremos a criar também o blog das pesquisas. Caso você esteja ausente neste dia, não se preocupe. Você poderá fazer extra-classe.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Textos próximas aulas

Os textos para serem lidos para as próximas aulas já se encontram no xerox. Ao lê-los procurem levantar pontos e questões para que possamos debater em sala.

Para o dia 01/03


PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores: identidades e saberes da docência, pp. 15-34. In: PIMENTA, Selma Garrido. Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 2002.

LEAL, Regina Barros. Professor: saberes e fazeres para além do pedagógico. Disponivel em : http://www.rieoei.org/deloslectores/1120Barros.pdf

Para o dia 11/03

Freire, Paulo. Primeira palavras: professora-tia: a armadilha e Quarta carta: das qualidades indispensáveis ao melhor desempenho de professores e professoras progressistas.       In: Freire, Paulo. Professora sim. Tia não. 

MEDEIROS, Regis. Quais os saberes necessários para a prática docente: Freire, Tardif e Gauthier respondem? Disponível em: http://www.ufpel.edu.br/fae/paulofreire/novo/br/pdf/558.pdf


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Plano de Ensino

Após discutirmos o plano de ensino em sala de aula, deixo aqui disponível o link em Pdf: plano de ensino. (Versão reformulada)

Professora Bethania